O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 150 milhões para ações de vigilância, prevenção e controle da dengue e da febre chikungunya - doença "prima" da dengue transmitida pelo mesmo mosquito. As informações são da Agência Brasil.
A portaria autorizando o repasse do dinheiro foi publicada no "Diário Oficial" da União nesta sexta-feira (12) e já entra em vigor.De acordo com o texto, o ministério levou em consideração fatores como a circulação simultânea de quatro sorotipos de dengue no país e a existência de um grande número de pessoas expostas previamente a infecções pelo vírus, aumentando o risco de epidemias com formas graves da doença e elevado número de mortes.
O ministério destacou a recente introdução da febre chikungunya no Brasil, com transmissão autóctone comprovada em alguns municípios e "risco iminente de expansão do vírus", transmitido pelo Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus, mesmos transmissores da dengue.A assessoria do ministério esclareceu que toda a população brasileira está suscetível à doença.
CASOSAtualmente, o país tem 1.364 casos de chikungunya. O número de casos confirmados de febre chikungunya cresceu 65% no país em menos de um mês, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde no começo de dezembro.
Dentre os casos, 1.293 são autóctones, adquiridos no país. A concentração é maior nos Estados da Bahia e Amapá, em cidades como Feira de Santana (com 563 casos) e Oiapoque (531), respectivamente. Há também registro de dois casos em Minas Gerais - nas cidades de Matozinhos e Pedro Leopoldo - e um em Campo Grande (MS).
Outros 71 casos são importados, ou seja, de pessoas que estiveram em países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
A infecção por chikungunya é semelhante à ocorrida pela dengue. Os sintomas da doença são parecidos, como febre, mal-estar e dores e manchas vermelhas, mas o chikungunya pode causar dores mais fortes (e de maior duração) nas articulações.
Ao contrário da dengue, no entanto, a chikungunya tem letalidade baixa -cerca de 1 morte para 1.000 casos. Em até um terço dos casos, as dores articulares continuam por um mês ou mais.
TESTESNo dia 5 de dezembro, o Grupo Fleury lançou um teste molecular para diagnóstico da febre chikungunya, o primeiro disponível na rede privada de saúde. O exame já é realizado na rede pública de saúde.
Nos primeiros dias da doença, a sensibilidade do teste é de quase 100%, segundo o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury. A partir da segunda semana, é indicado outro tipo de teste (sorologia)Até então, diante de uma suspeita de chikungunya, amostras de sangue de pacientes privados eram mandados para os EUA. O exame custava R$ 999 e demorava 11 dias para ficar pronto.
Agora, custará R$ 270 e ficará pronto entre 24h e quatro dias (dependendo da região e se for feito no fim de semana, por exemplo).A Fundação Oswaldo Cruz está desenvolvendo um teste rápido capaz de identificar casos de febre chikungunya, similar ao de gravidez - só que com uma pequena quantidade de sangue em uma fita indicativa.
A ausência de imunidade torna os brasileiros mais suscetíveis ao chikungunya. Segundo especialistas, a previsão é de aparecimento de mais casos com a chegada do verão e aumento do volume de chuvas em algumas regiões do país.
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