SÃO PAULO - Estimativa inicial do governo de Santa Catarina aponta que serão necessários cerca de R$ 26 milhões solicitados ao governo federal para atender às vítimas do tornado e das chuvas que atingiram o estado nesta semana. Até a última quinta-feira, já passava de 100 mil o número de pessoas prejudicadas pelas chuvas no estado, onde quatro morreram.
Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração, os recursos deverão ser liberados após a apresentação de um plano de trabalho que será enviado pela Defesa Civil estadual. Contudo ainda não há previsão para que os recursos sejam repassados ao estado.
A Defesa Civil nacional informou ainda que o valor pode variar, já que se trata de uma estimativa inicial.
Os recursos deverão ser investidos na realização de obras emergenciais como a reforma de escolas danificadas e a reconstrução de casas além da compra de materiais para o socorro dos atingidos, segundo a Defesa Civil catarinense.
Na quinta-feira, o governo de Santa Catarina anunciou a liberação emergencial de R$ 2 milhões para atender às vítimas. Desses, já foram repassados R$ 850 mil às secretarias de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste, Xanxerê, Dionísio Cerqueira e Caçador.
Até sexta-feira, 18 mil pessoas já haviam deixado suas casas devido aos temporais. Porém o número pode aumentar, caso a previsão de novas pancadas de chuva se confirme.
Além do Oeste do estado região atingida por um tornado no início da semana chove agora no Sul de Santa Catarina, área que já havia sido afetada por enchentes no início do ano. A previsão é que chova também no Vale do Itajaí, uma das áreas mais prejudicadas pelos temporais em 2008, quando 135 pessoas morreram.
Ainda no Sul catarinense, cerca de 12 famílias estão isoladas em uma comunidade rural, na cidade de Siderópolis, após a chuva elevar o nível do Rio São Bento, que transbordou e invadiu uma estrada.
De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, até ontem, 69 municípios registraram estragos relacionados à chuva. Destes, 65 estão incluídos no decreto de emergência assinado nesta semana pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).