Apesar de o policiamento nas ruas ter sido reforçado, Santa Catarina voltou a registrar ataques na madrugada de domingo, o que elevou a 107 o total de ocorrências desde o início da onda de violência, em 30 de janeiro. Em Tubarão (131 km de Florianópolis), criminosos tentaram queimar o carro de um policial militar. Segundo o boletim de ocorrência, o Fiat Stilo estava estacionado na frente da casa do proprietário, no bairro Fabio Silva, e foi incendiado parcialmente.
Em todo o estado, o número de cidades com ataques chega a 34, o dobro do registrado em novembro do ano passado, com 68 casos, em 17 cidades, durante sete dias.
O governador Raimundo Colombo disse que, mesmo com o reforço da Força Nacional de Segurança, que chegou a Santa Catarina na sexta-feira, o estado espera "pequenos atos de vandalismo" durante o que chamou de "enfrentamento enérgico da crise".
Para o governador, o mais importante é aniquilar os mentores dos atentados. "Nós estamos quebrando a espinha dorsal do crime organizado", disse ele sobre o conjunto de medidas anticrise, que preveem transferência de presos, novas prisões e barreiras em todas as divisas do estado. Na madrugada de sábado, 40 criminosos catarinenses foram transferidos para unidades federais de segurança máxima.
Também sábado, a Polícia Civil começou operação para cumprir 97 mandados de prisão contra suspeitos de participação nos atentados. A polícia prendeu 25 pessoas em casa. Outras 45 já estavam nas prisões e foram indiciadas pelo crime. Há ainda 27 mandados para serem cumpridos.
Ontem, com apoio da Força Nacional de Segurança, foram montadas barreiras policiais nos principais acessos a Santa Catarina. O trabalho faz parte da Operação Divisa e quer combater principalmente o tráfico de drogas, que é o que alimenta as facções criminosas.