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Emergência x calamidade pública

O chefe da seção operacional da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil no Paraná, capitão Eduardo Gomes Pinheiro, explicou a diferença entre os desastres e de que forma eles são classificados:

Desastre de nível 1 – São pequenos desastres e também podem ser considerados acidentais. Trazem impacto restrito para o município por se tratar de um evento pontual, que a própria administração local tem condições de resolver. Não caracteriza uma situação anormal.

Desastre de nível 2 – São desastres de médio porte, mas que também podem ser superados pelo município ou estado sem a necessidade de auxílio externo. Também não caracteriza uma situação anormal.

Desastre de nível 3 – São desastres de grande porte. Eventos com esta intensidade indicam que o município ou estado tem condições de resolver a situação apenas com os próprios recursos, mas necessita de complementação do governo estadual ou federal, respectivamente. Caracterizam situação de emergência (SE).

Desastre nível 4 – São chamados de desastres de muito grande porte. Indicam que a situação na qual se encontra o município o estado só será superada com o auxílio de governos e órgãos externos. Geralmente são eventos que provocam a descaracterização da organização do município ou estado. O estado de calamidade pública (ECP) representa um desastre de nível 4.

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Quase um milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas em Santa Catarina neste ano, segundo informações da Defesa Civil do Estado. Ao todo, 74 cidades foram atingidas pelos temporais, com 921.130 moradores afetados. Deste total, 60 municípios já decretaram situação de emergência por conta das chuvas e Mirim Doce está em situação de calamidade pública.

Segundo relatório da Defesa Civil, 24.034 moradores ficaram desalojados e 1.926 ficaram desabrigados. Foram registradas cinco mortes e 162 pessoas ficaram feridas em consequência das chuvas.

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Ao todo, 22.566 residências em Santa Catarina foram danificadas pelos temporais. Até esta sexta, a chuva já deixou cinco mortos, 162 feridos e 79 pessoas enfermas.

As cidades em emergência são Antônio Carlos, Anitápolis, Alfredo Wagner, Águas Mornas, Anita Garibaldi, Armazém, Araquari, Balneário Arroio do Silva, Balneário Barra do Sul, Balneário Gaivota, Biguaçu, Barra Velha, Braço do Norte, Bombinhas, Camboriu, Cocal do Sul, Corupá, Criciúma, Forquilhinha, Gaspar, Grão Pará, Gravatal, Guaramirim, Governador Celso Ramos, Içara, Ilhota, Imaruí, Itapoá, Itaiópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Jacinto Machado, Laurentino, Lauro Muller, Maracajá, Massaranduba, Meleiro, Morro da Fumaça, Morro Grande, Nova Veneza, Palhoça, Passo de Torres, Pedras Grandes, Santa Rosa do Sul, Santo Amaro da Imperatriz, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Sul, São Martinho, Siderópolis, Sombrio, São José, São José do Cerrito, Rio do Campo, Taio, Turvo, Timbé do Sul, Treviso, Tubarão e Urussanga.

Prejuízos

Um levantamento preliminar da Secretaria de Infraestrutura de Santa Catarina aponta um prejuízo de R$ 413 milhões causado pelas fortes chuvas que atingem o estado neste início de ano. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (26), pela Secretaria de Estado de Comunicação.

Obras emergenciais já estão sendo realizadas no estado, especialmente em pontes e rodovias, segundo a Secretaria de Comunicação. A Defesa Civil tem recebido verbas de órgãos do governo também para o atendimento imediato da população em limpeza e reestruturação das vias vicinais do estado.

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O levantamento de prejuízos causados pelos temporais, segundo a Secretaria de Comunicação, é contínuo, já que ainda há cidades debaixo d'água e há previsão de mais chuva em algumas áreas nos próximos dias. Segundo a Defesa Civil, os municípios mais afetados até o momento são Mirim Doce e Jaraguá do Sul.

São Paulo

As fortes chuvas que castigam São Paulo já deixaram quatro cidades em situação de emergência. Outras sete estão em alerta para novos temporais. Segundo a Defesa Civil, os municípios de Pracinha, Sumaré, Atibaia e Franco da Rocha já decretaram a situação de emergência. Estão em estado de atenção Guarujá, Santos e São Vicente e, em alerta, Mauá, Atibaia, Jundiaí, Socorro, Sumaré, São José dos Campos e Cubatão.

Ao todo, 96 cidades foram afetadas pelas chuvas, que provocaram a morte de 25 pessoas e deixaram desabrigadas 2.168 pessoas e outras 9.824 desalojadas. Outras duas pessoas foram encontradas mortas durante os temporais deste fim de semana, mas ainda não foram consideradas mortes causadas pelas chuvas pela Defesa Civil.

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