Os paranaenses poderão acompanhar nesta sexta-feira (22), com uma ajudinha da meteorologia, um eclipse parcial do sol. O evento será visto com perfeição apenas sobre as Guianas, Suriname e um pedaço do Amapá, mas as cidades e países que estiverem ao sul destes locais e próximos ao Oceano Atlântico verão o fenômeno parcialmente.
O eclipse começará às 6h44 da manhã desta sexta e termina às 8h50. O ápice do fenômeno, ou seja, quando a lua cobrirá 33% do sol em Curitiba, será às 7h45. "Quem quiser ver o fenômeno terá que levantar cedinho da cama e ainda por cima contar com a ajuda do clima", disse o professor José Manuel Luiz da Silva, astrônomo e diretor do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná.
A previsão do Instituto Tecnológico Simepar não é muito animadora. "Durante a noite teremos o céu coberto por nuvens em todo o Paraná. No começo do dia a tendência é que elas diminuam, mas ai já é uma questão de sorte", afirmou Lizandro Jacobsen, meteorologista do Simepar.
Eclipse anular
O professor José Manuel Luiz da Silva explica como será o fenômeno. "Em determinadas situações, o eclipse anular é quase um eclipse total do sol. Neste caso, como a lua está no seu apogeu, ou seja, na maior distância em relação a terra, a sombra projetada não consegue alcançar o planeta e por isso não forma sombra".
E continua. "É como se o sol fosse representado por uma moeda de 1 real e a lua por uma de 10 centavos. Se colocarmos elas alinhadas, com a de 1 real (o sol) por trás, a moeda de 10 centavos não consegue esconder a de 1 real. É exatamente assim que ocorre o eclipse anular. A luz do sol é projetada em torno da moeda de 10 centavos (a lua) e podemos ver o sol como se fosse um anel", explica Silva. Só que os paranaenses não poderão ver o fenômeno completo. "Nós veremos apenas um eclipse parcial do sol".
Em Curitiba a lua cobrirá apenas 33% do sol, em Londrina pode chegar a 34% e em União da Vitória apenas 32% do sol será encoberto. Em cidades mais ao norte do país, como em Fortaleza, esse número sobe a 81%, mas em Porto Alegre cai a apenas 25%.
Precauções
Quem quiser acompanhar o fenômeno em Curitiba terá que procurar um lugar mais alto, como prédios, ou ir até bairros periféricos da cidade. "O sol vai estar apenas 21 graus acima do horizonte, o que dificulta muito para quem mora no Centro e em alguns bairros", explicou Silva.
O alerta dado pelo astrônomo é em relação ao perigo de se olhar diretamente para o sol. "Mesmo quem usa algum tipo de proteção pode cometer um deslize e olhar direto para o sol, podendo sofrer queimaduras nos olhos. Não recomendo o uso de vidros esfumaçados, filtros suspeitos, filmes fotográficos coloridos e chapas de raio-x".
Segundo Silva, existem dois métodos eficientes para observar o eclipse. "O melhor é o de projeção. Pega-se uma luneta ou binóculo, mira-os para o sol, sem olhar no visor, e coloca-se um anteparo atrás, como uma cartolina, por exemplo. Daí você poderá ver a imagem produzida na cartolina conforme ce aproxima ou se afasta ela".
Mas se a pessoa quiser realmente olhar para o sol, o conselho é tomar cuidado. "É preciso ter um filtro de solda número 14, no mínimo. Se tiver duvidas em relação ao filtro, melhor não usá-lo. Outra opção é utilizar um filme preto e branco em negativo, ou seja, que está queimado, sem fotos. Daí faz um sanduíche com dois ou três pedaços de filme e em seguida pode olhar, lembrando sempre que antes você coloca o filtro na frente dos olhos e depois olha, por no máximo 20 segundos", conclui.
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