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Infância

Se prestar contas, Assoma não fecha

Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? | Reuters/Arquivo
Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? (Foto: Reuters/Arquivo)

A Associação dos Meninos de Curitiba (Assoma) poderá não encerrar suas atividades se voltar a prestar contas à prefeitura. É o que afirma o diretor de Proteção Social Especial da Fundação de Ação Social (FAS) da prefeitura, Adriano Mário Guzzoni. Segundo ele, desde o começo do ano a associação não apresenta prestação de contas de três convênios. A Assoma é uma entidade não-governamental que presta atividades profissionalizantes e de lazer a 150 adolescentes em situação de risco e soma uma dívida de R$ 160 mil (R$ 80 mil em débitos trabalhistas e 70 mil com fornecedores).

Guzzoni não soube informar quanto era repassado mensalmente à entidade. Entretanto, o diretor exemplifica um caso, em relação à não prestação de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da Assoma. "Sem isso, a prefeitura, conforme orienta o Tribunal de Contas, não tem como fazer o repasse."

O diretor da Assoma, Antônio Celso Mendes, confirma que os problemas começaram no começo do ano, quando as exigências do Tribunal de Contas (TC) ficaram mais severas. Ele também confirma que em dezembro a Assoma não recolheu o FGTS dos funcionários – total de R$ 8 mil. "Não tínhamos dinheiro", afirma Mendes. O último recurso que a prefeitura repassou para a Assoma foi de R$ 19 mil em novembro referente ao convênio para a manutenção de duas casas-lares da instituição, onde vivem dez crianças cada.

A falta de dinheiro, argumenta o diretor da Assoma, está associada ao não-pagamento dos lanches produzidos pelos adolescentes e encaminhados a 29 departamentos do governo do estado. "Em condições normais, a Assoma funcionaria com os R$ 60 mil oriundos da venda dos lanches", aponta Mendes. Entre os maiores devedores, o diretor aponta o Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp) e a TV Educativa. O instituto estaria devendo R$ 14.334,50 e a tevê R$ 14.208,00. Os dois departamentos estaduais rebatem a acusação. No caso do Iasp, afirma a diretora Administrativa e Finaceira, Marli Castro Alves, o valor total foi repassado em dia ontem à Assoma. "Amanhã (hoje) vai estar na conta deles", assegura.

Já a TV Educativa, por meio da assessoria de imprensa, informa que não fez o pagamento por causa do atraso na entrega da fatura. Ao invés da cobrança ser entregue em janeiro, somente em abril ela chegou à direção da tevê. Dessa forma, a direção não teve como prever esse gasto extra no orçamento de abril. Entretanto, hoje a TV Educativa repassará R$ 5.136 à entidade e o restante na seqüência.

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