A estiagem desse ano no Amazonas já é a segunda maior da série histórica medida pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O rio Negro, que banha Manaus, mediu hoje 14,09 metros e superou a marca de 1906, que foi de 14,20 metros, e está a 45 centímetros de superar a maior já registrada no rio, em 1963, quando chegou a 13,64 metros no fim de outubro daquele ano.
"Se o ritmo continuar com o rio subindo uma média de 20 centímetros por dia, como nos últimos três, até a sexta-feira o Negro deve bater o recorde de 1963", avaliou o geólogo do CPRM Daniel de Oliveira. O Solimões está subindo nos últimos dias e nesta quarta-feira foram registrados 64 centímetros. No dia 14, o Solimões bateu o terceiro recorde do ano, marcando 86 centímetros negativos na régua de medição de Tabatinga, a 1.105 quilômetros da capital amazonense.
No dia 7 de setembro, com 36 centímetros negativos, o rio já tinha batido o recorde de 2005, até então a maior estiagem aferida pelo CPRM no Solimões. Naquele ano, o rio marcou dois centímetros negativos.
A Defesa Civil Estadual anunciou que concluiu hoje a primeira fase de ajuda a 38 mil famílias em 19 municípios do estado. Segundo a assessoria do órgão, a logística de distribuição ocorreu em Tabatinga, Cruzeiro do Sul e Tefé. Os polos ficaram responsáveis pela distribuição das cestas básicas, kits de higiene e de remédios para os municípios próximos. A Força Aérea Brasileira transportou o material até as cidades-pólo e, em alguns casos, houve o uso de helicópteros para chegar a comunidades isoladas.
A partir de amanhã, a Defesa Civil deve começar a enviar os kits e cestas básicas a dez municípios do baixo Solimões e próximos a Manaus. Cerca de dez mil filtros de água importados anunciados pelo órgão no início do mês ainda não chegaram à capital para serem distribuídos.
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