A Secretaria de Estado da Educação do Paraná enviou ontem comunicado aos Núcleos Regionais de Educação orientando professores e pedagogos a promoverem um debate crítico sobre as pulseiras coloridas que ficaram conhecidas como "pulseiras do sexo".
O tema será discutido em reunião com integrantes de toda a comunidade escolar a partir da semana que vem. A Secretaria irá pedir a diretores e equipes pedagógicas das escolas para que promovam uma discussão crítica sobre os incidentes ocorridos nos últimos dias associados ao uso das pulseiras de silicone.
Em São Paulo, dois vereadores da capital e uma deputada estadual apresentaram ontem projetos de lei para proibir o uso das pulseiras em escolas públicas e privadas e até a comercialização da bijuteria. O motivo da preocupação é a repercussão da notícia de uma menina de 13 anos que foi abusada sexualmente por quatro pessoas em Londrina (PR), por usar as pulseiras feitas em silicone.
"A pulseirinha pode estimular agressões físicas e comportamento criminoso como o estupro", afirma a deputada estadual Beth Sahão (PT). Ela é autora do projeto de lei que proíbe o uso das pulseiras em todas as escolas da rede estadual e prevê ainda campanhas de orientação sexual nas escolas. Para ela, a proibição vai levar às escolas o debate sobre o sexo na adolescência e a banalização das relações afetivas.