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Rio de Janeiro

Secretário diz que não há solução imediata para explosões de bueiros

O secretário de estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, disse nesta segunda-feira (19) que não há como resolver o problema de explosões dos bueiros nas ruas do Rio de Janeiro a curto prazo. Depois de se reunir com os presidentes da Light e da CEG, Bueno disse que a solução definitiva para o problema está prevista para 2014.

"Infelizmente não há solução imediata. As empresas estão fazendo investimentos, mas existe um problema de mão de obra qualificada e fornecimento de equipamentos", disse o secretário, ao ser questionado se havia um plano emergencial para ser posto em prática.

A medida preventiva, para minimizar o risco, segundo ele, será a ampliação das inspeções da rede subterrânea, que vai passar de 9 mil para 16 mil por ano.

Segundo Julio Bueno, a reunião foi marcada para "entender os problemas das explosões dos bueiros e o que fazer para que isso não ocorra mais". Segundo ele, a Light informou que os investimentos da empresa, este ano, passaram de R$ 450 milhões para R$ 520 milhões.

Participaram da reunião o presidente da Light, Jerson Kelman, e da CEG, Bruno Armbrust. Também participou do encontro um representante da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).

Nos últimos 10 meses, pelo menos cinco bueiro explodiram nas ruas do Rio. Os pedestres estão com medo: "eu passo e vou desviando dos bueiros, mas, mesmo assim, é perigoso", explicou uma carioca.

Explosões preocupam especialistaUm especialista em estudos de risco, entrevistado pelo portal G1, disse que a situação exige das concessionárias um mapa atualizado desse território, que passa por constantes intervenções subterrâneas, para que as ações sejam planejadas e evitem riscos para a população.

Diante das últimas ocorrências, o prefeito Eduardo Paes convocou os representantes das concessionárias para propor parceria e estabeleceu regras mais severas de controle das operações.

"É preciso fazer um ajuste no plano de manutenção e avaliar se a frequência de inspeção deve ser reforçada em alguns pontos. Pelo número das ocorrências, parece que isso não tem sido feito", afirma o pesquisador Moacyr Duarte, coordenador do grupo de análise de risco tecnológico e ambiental do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).

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