O secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirmou neste domingo (22) que o risco de rodízio de água na região metropolitana de São Paulo “está cada vez menor”. O Estado passa pela maior crise hídrica de sua história.

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“O risco está cada vez menor. Não estamos aqui jurando de pés juntos que medidas drásticas não serão tomadas. Mas os riscos estão cada vez menores”, afirmou o secretário, respondendo a uma dúvida de um telespectador. A frase foi dita durante um programa sobre o Dia Mundial da Água na TV Cultura, que teve o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na plateia.

Segundo o secretário, medidas tomadas pelo governo, como redução da pressão das tubulações, e a economia de água por parte da população contribuíram para que os riscos de rodízio diminuíssem.

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Desde o ano passado, a Sabesp reduz a pressão de saída da água dos reservatórios, o que tem causado interrupção na distribuição do recurso em diversos bairros da capital e da Grande São Paulo.

Neste domingo, os reservatórios de São Paulo voltaram a registrar alta. De acordo com dados da Sabesp, por conta das fortes chuvas, o Cantareira subiu 0,3 ponto percentual em relação a sábado (21) e opera agora com 12,9% de sua capacidade.

Com o acumulado de chuva dos últimos dias, o Cantareira bateu no sábado a média histórica para o mês de março. Até agora, choveu 186,4 mm nas represas do sistema, quando a média histórica para o mês é de 178 mm.

O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Se fosse considerado o valor divulgado anteriormente, o Cantareira estaria com 16,6% neste domingo.

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Desde terça-feira (17), a Sabesp passou a divulgar os dois dados, após pressão do Ministério Público Estadual, que cobra mais transparência na veiculação de informações sobre a crise da água em São Paulo.

O Cantareira abastece 5,6 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

Assim como o Cantareira, o Guarapiranga também já registrou mais chuva do que a média histórica para março.

De acordo com dados da Sabesp, choveu no reservatório, até agora,189,2 mm mm, quando a média histórica para março é de 153,2 mm. O reservatório, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, chegou a 83% de sua capacidade. No sábado, o índice era de 81,5%.

O reservatório Rio Grande, que abastece a região do ABC, também já superou a média histórica. Atualmente, a chuva acumulada é de 190,4 mm, quando a média para março é de 186,3 mm. O manancial, que atende 1,5 milhão de pessoas, é o que tem a melhor situação entre os reservatórios, operando com 98,1% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação a sábado.

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OUTROS RESERVATÓRIOS

De acordo com a Sabesp, o nível do reservatório Alto Tietê opera com 22,7% de sua capacidade, registrando alta de 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior.

O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, subiu 0,2 ponto percentual e agora está com 41,3%.

O sistema Alto Cotia, que estava com 61,5% subiu para de 62,2% neste domingo. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.

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A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.