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O governo do estado, por meio da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), reconheceu, nesta segunda-feira, a gravidade do problema da falta de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) no Paraná, depois que a Gazeta do Povo publicou, no domingo e na segunda, reportagens mostrando que, por dia, três pessoas morrem no estado, a espera de leitos. Segundo números divulgados pela Sesa, de janeiro de 2003 a outubro de 2005, 5.275 pessoas morreram aguardando vagas nas unidades especializadas.

A secretaria argumentou, porém, que o quadro vem melhorando nos últimos meses, como resultado dos investimentos no setor. A proporção de mortes já foi de oito por dia em 2003, quando ocorreram 2.871 óbitos de pessoas que aguardavam UTI. Em 2004, esse número passou para 1.597 e neste ano, até 1.º de novembro, era de 807 mortes.

O secretário Cláudio Xavier considerou, entretanto, que as estatísticas não são suficientes para evidenciar que os pacientes tenham morrido por falta de leitos. "É possível que tenhamos conseguido vagas para muitas dessas pessoas que, no entanto, não chegaram a fazer uso delas, por várias circunstâncias", afirmou. Ele não soube informar que circunstâncias seriam essas e nem o tempo de espera pelas vagas. Para esclarecer isso, a secretaria informou que iniciará uma auditoria, que irá analisar cada um dos casos. "Vamos descobrir quantos destes 807 pacientes conseguiram a reserva de leito e quantos não conseguiram. Espero que o estudo esteja pronto até o fim de novembro", estimou.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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