Rio de Janeiro - Novas invasões de traficantes a favelas inimigas poderão acontecer na região metropolitana do Rio, admitiu ontem o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame. Embora tenha dito que a secretaria e as Polícias Militar e Civil têm conseguido antecipar as incursões do tráfico, Beltrame afirmou que não há como dar garantias à população de que episódios como os de sábado e domingo não acontecerão mais. "Obvia-mente que não vamos trabalhar com a perfeição de antecipar 100% das iniciativas, mas a grande maioria delas estamos conseguindo, graças a Deus, antecipar, disse.
Com 4 mil policiais militares e civis nas ruas quase o dobro do normal , o Rio teve ontem favelas cercadas e ocupadas. Os morros dos Macacos e São João estiveram calmos.
De manhã, na favela do Jacarezinho (zona norte), a PM matou dois supostos traficantes e apreendeu 300 kg de maconha. Perto da favela, anteontem, foram queimados três dos oito ônibus destruídos na cidade após a ação policial.
Helicóptero
No sábado, traficantes do morro de São João (Engenho Novo, zona norte) invadiram o morro dos Macacos (Vila Isabel, zona norte). Ao fim do dia, havia 15 mortos, entre eles dois policiais militares que estavam em helicóptero atacado a tiros por traficantes. O aparelho se incendiou.
Os setores de inteligência da secretaria e das polícias souberam dos preparativos do ataque do Comando Vermelho (CV) aos adversários da Amigos dos Amigos (ADA), mas não conseguiram evitá-lo. Para o secretário, as invasões de favelas controladas por facções rivais são características da criminalidade fluminense.
"Isso historicamente também sempre aconteceu, essas invasões, disse. Para Beltrame, o ata-que de ontem decorreu da "perda de território e do "enfraquecimento de algumas facções.
Beltrame participou à tarde, no cemitério Jardim da Saudade (zona oeste), do velório dos soldados Marcos Stadler Macedo, de 39 anos, e Edney Canazaro de Oliveira, 29, que morreram carbonizados no helicóptero.
Uma tia de Oliveira, Rosa Maria Barbosa reclamou do que chamou de "descaso do governo com a segurança dos policiais. "Eles fazem o teatro deles e nós pagamos. Existe verba para Copa, Olimpíadas, mas para equipar a polícia não tem verba. Como mandam para área de risco um helicóptero que não é blindado? Isso é palhaçada, disse.
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