No início deste mês, a Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio) organizou em Santo Antônio da Platina, Norte do estado, uma reunião com empresários locais para apresentar convênio de crédito assinado com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esperava, no máximo, 150 participantes. Apareceram 290. Darci Piana, presidente da Fecomércio, acha que o grande interesse tem uma só razão: o entusiasmo provocado pelas etapas de Ponta Grossa e Londrina do Fórum Futuro 10 Paraná. "Percebemos que, a cada novo encontro do fórum, aumenta o interesse dos comerciantes em participar das atividades da federação", afirma Piana.
Iniciativa da Rede Paranaense de Comunicação (RPC) com apoio de 11 instituições empresariais, o Fórum Futuro 10 Paraná pretende criar um plano de desenvolvimento para o estado a partir de encontros regionais. Desde 7 de julho, o fórum passou por Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. A próxima etapa será em Umuarama, em 18 de outubro.
Depois de cada encontro, a motivação das lideranças regionais não diminui. "Pelo contrário, o pessoal está embalado", diz Edgar Bueno, secretário de Indústria e Comércio de Foz do Iguaçu. Bueno participou das etapas de Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel. Antes do encontro de Foz, ajudou a reunir um grupo de 30 empresários locais para discutir as propostas que seriam levadas ao fórum. A intenção era dissolver o grupo depois do evento, mas ninguém quis parar. "Seguimos nos encontrando periodicamente", afirma Bueno. "É esse espírito que faz do fórum algo especial."
O prefeito de Londrina, Nedson Micheleti, tem a mesma opinião. No encontro de Londrina, em 27 de julho, Micheleti lançou a proposta do Arco Norte, um plano integrado de desenvolvimento com os municípios de Apucarana, Arapongas, Rolândia e Cambé. Foi o momento certo. "O fórum criou a motivação necessária e a disposição para a integração regional, foi o pontapé inicial", reconhece o prefeito. O projeto inclui ações que vão do meio ambiente à construção de um aeroporto de carga regional.
Um dos motivos apontados pelos participantes para manter o entusiasmo depois dos encontros é a metodologia do fórum, a Investigação Apreciativa, que incentiva a discussão a partir de conquistas e potencialidades. "A forma de apresentar as idéias faz com que as propostas sejam, de fato, construídas por todos", diz Antônio Mário Manicardi Filho, diretor administrativo da secretaria de Indústria e Comércio de Maringá.
Para a psicóloga Ilma Barros, coordenadora de Desenvolvimento Organizacional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e responsável pela aplicação da metodologia nos encontros, a reação dos participantes não surpreende. "Quando você percebe que suas idéias são ouvidas e respeitadas, fica entusiasmado com o processo", diz ela. Para Ilma, assim como as pessoas trocam experiências no fórum, o mesmo pode acontecer com as regiões do estado. O Oeste, por exemplo, que revelou preocupação muito grande com o meio ambiente, pode trocar idéias com o Norte, onde é forte o empreendedorismo, e vice versa. "É assim que se constrói o futuro."
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