A segunda audiência do processo que investiga a morte de um casal de namorados durante uma festa neonazista, no município de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, foi suspensa nesta sexta-feira (9). Seis testemunhas de defesa do economista paulista Ricardo Barollo - acusado de ser o mandante do crime - deveriam ser ouvidas nesta tarde, no Fórum de Campina Grande do Sul, mas não foram localizadas, ou seja, não chegaram a ser intimadas.

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Não havia sido definida a data da nova audiência. Essas seis testemunhas já tinham faltado à primeira audiência, que ocorreu em 11 de junho, no Fórum de Campina Grande do Sul.

De acordo com o inquérito, Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e a namorada dele, Renata Waechter, 21 anos, foram mortos em 2009, na saída de uma comemoração em homenagem aos 120 anos de nascimento do líder nazista Adolf Hitler. Para a polícia, a disputa pela liderança de um grupo de orientação neonazista foi a motivação para os crimes.

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Após ouvir todas as testemunhas, a Justiça deverá convocar o economista para depor. A previsão é de que o interrogatório dos acusados ocorra ainda este ano. Não havia previsão de quando ocorrerá o julgamento.

Crime

O assassinato ocorreu em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, no dia 21 de abril de 2009. Além de Barollo, acusado de determinar o assassinato, outras cinco pessoas são acusadas de participação no crime: Rosana Almeida, 22 anos, Jairo Maciel Fischer, 21, Gustavo Wendler, 21, Rodrigo Motta, 19, João Guilherme Correa, 18.

Segundo as investigações, os dois universitários foram atraídos para uma emboscada por Rosana, que afirmou que estava passando mal e pediu carona para voltar para Curitiba. Correa, Motta e Fischer teriam seguido o casal em outro veículo. E quando já estavam retornando para a festa, Wendler (que também estava no carro junto com o casal) pediu que parassem no acostamento e Bernardo e Renata foram obrigados a descer do carro. Os dois universitários foram assassinados com tiros na cabeça por Correa e Fischer –que seguiam no veículo de trás. Logo após o crime, os acusados teriam ligado para Barollo, que estava em São Paulo, afirmando que a "missão" havia sido cumprida e pedindo que um advogado fosse contratado, caso a autoria do assassinato fosse descoberta.

A polícia apreendeu material de ideologia neonazista com os acusados, em maio de 2009, em São Paulo, Joinville (SC), Laguna (SC) e Teotônia (RS). Foram apreendidos computadores, fotos, pendrives, bandeiras, publicações, e também documentos relativos à criação de um país independente, com constituição e legislação baseada na doutrina nazista.

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