Está marcada para a tarde de sexta-feira (9) a segunda audiência do processo que investiga a morte de um casal de namorados durante uma festa neonazista no município de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, em abril de 2009. Na primeira audiência, ocorrida em junho, foram ouvidas oito testemunhas, três de defesa e cinco de acusação. Nesta segunda audiência, a Justiça vai interrogar outras seis testemunhas de defesa dos acusados.

CARREGANDO :)

A audiência será realizada a partir das 13h30 no plenário da Câmara de Campina Grande do Sul, sede da Comarca de Quatro Barras. A juíza Paula Haddad Figueira deve ouvir seis testemunhas, entre elas três indicadas pela defesa do economista Ricardo Barollo, acusado de ter ordenado o crime.

Somente após todas as testemunhas prestarem depoimento e de outras que serão ouvidas por carta precatória é que os acusados vão depor. Depois disso, a juíza decidirá se manda ou não o caso a júri popular. O julgamento não deverá ocorrer neste ano.

Publicidade

O advogado Adriano Bretas, que defende Barollo, disse que duas testemunhas que devem ser ouvidas nesta sexta-feira são cruciais para o esclarecimento do caso. "São duas pessoas que estavam na festa de onde o casal saiu, são quase testemunhas presenciais", afirmou.

No entanto, o advogado teme que as testemunhas não compareçam à audiência. "Uma testemunha se mudou o os Oficiais de Justiça estão com dificuldades para fazer a intimação", explica.

Crime

Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, e Renata Waeschter Ferreira, 21 , foram assassinados no dia 21 de abril em razão de uma disputa de poder em um grupo neonazista. Além de Barollo, acusado de determinar o assassinato, outras cinco pessoas são acusadas de participação no crime: Rosana Almeida, 22 anos, Jairo Maciel Fischer, 21, Gustavo Wendler, 21, Rodrigo Motta, 19, João Guilherme Correa, 18. Segundo as investigações, os dois universitários foram atraídos para uma emboscada por Rosana, que afirmou que estava passando mal e pediu carona para voltar para Curitiba. Correa, Motta e Fischer teriam seguido o casal em um outro veículo. E quando já estavam retornando para a festa, Wendler (que também estava no carro junto com o casal) pediu que parassem no acostamento e Bernardo e Renata foram obrigados a descer do carro.

Os dois universitários foram assassinados com tiros na cabeça por Correa e Fischer –que seguiam no veículo de trás. Logo após o crime, os acusados teriam ligado para Barollo, que estava em São Paulo, afirmando que a "missão" havia sido cumprida e pedindo que um advogado fosse contratado, caso a autoria do assassinato fosse descoberta.

Publicidade