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Segundo a CNT, estado das estradas melhorou no país

No Paraná, foram avaliados 5,9 mil quilômetros de rodovias, dos quais 47,7% obtiveram a classificação boa ou ótima. Na foto, a BR-476, a estrada da Ribeira. | Albari Rosa/gazeta do povo
No Paraná, foram avaliados 5,9 mil quilômetros de rodovias, dos quais 47,7% obtiveram a classificação boa ou ótima. Na foto, a BR-476, a estrada da Ribeira. (Foto: Albari Rosa/gazeta do povo)

A condição das estradas brasileiras está melhorando, aponta pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada na quarta-feira (4). Depois de avaliar 100 mil quilômetros de rodovias, o estudo mostrou que 42,7% obtiveram classificação ótima ou boa, o que indica um avanço nesse índice pelo segundo ano seguido. Em 2014, a pesquisa havia sinalizado que 37,2% das estradas estavam nessa condição.

Apesar do avanço, a maior parte das rodovias (57,3%) está em situação regular, ruim ou péssima. Para compor a avaliação geral, foram analisadas a condição do pavimento, sinalização e geometria da via. Esta é a 19.ª edição da pesquisa.

No Paraná, foram avaliados 5,9 mil quilômetros de rodovias, dos quais 47,7% obtiveram a classificação boa ou ótima. De acordo com a CNT, as estradas paranaenses possuem pavimentação boa ou ótima (59,4%) e sinalização adequada (54,6%), mas pecam pela geometria das estradas: 75,6% dos trechos avaliados foram considerados regulares, ruins ou péssimos.

O resultado ruim nesse quesito pode ser explicado pelo tipo de estradas que cortam o estado: 4,9 mil quilômetros (82,9% do total) são de pistas simples de mão dupla. Isso influencia a avaliação porque também são levados em consideração trechos sem acostamento, quantidade de curvas perigosas sinalizadas e com proteção e a falta de faixas adicionais em determinados trechos.

Esse problema não é exclusividade do estado: foi o item com pior avaliação considerando todo o país – 77,2% das estradas percorridas tem condições inadequadas de traçado. O levantamento revela ainda que 86,5% dos trechos analisados são rodovias simples de mão dupla. Além disso, apenas 60% das malhas têm acostamento. Quanto a curvas perigosas, 42% desses trechos não possuem placas de alerta para o motorista.

Quando analisadas as condições apenas das rodovias federais, 51,9% estão em condições ruins ou péssimas. No Paraná, a situação é semelhante: as piores avaliações foram atribuídas aos trechos que são administrados pelo estado ou União. “O que nos preocupa é que há trechos de estradas no Brasil que não melhoram nunca”, disse Bruno Batista, diretor executivo da CNT.

Concessões

O diretor da CNT, Vander Costa, fez uma defesa pelo aumento de concessões de rodovias. Para ele, na crise econômica atual, trata-se da única alternativa do país para tentar melhorar as condições das estradas federais. “Concessão de rodovias é o que sobrou. A situação de caixa hoje do governo não permite avançar, se já estamos trabalhando com déficit nas contas. Então, o que sobra é a concessão e o capital privado existe. O que precisa oferecer é segurança jurídica para os projetos”, comentou.

Questionado sobre a proliferação de pedágios pelas estradas do país, Costa disse que “o pedágio é pago somente por quem usa o serviço” e que, desde que seu custo seja baixo, o usuário da rodovia não se nega a pagar. “Prefiro pagar R$ 5 em um pedágio do que arriscar minha vida. Se for cobrado de maneira correta, o usuário não vê problemas em pagar”, disse.

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