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Doença descartada

Segundo exame dá negativo para ebola

 | Valter Campanato/ABr
(Foto: Valter Campanato/ABr)

O resultado do segundo exame laboratorial feito em Souleymane Bah, 47 anos, primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, também é negativo, o que descarta em definitivo a possibilidade de infecção do paciente da Guiné pelo vírus.

Bah chegou ao Brasil em 19 de setembro, vindo da Guiné – um dos países mais afetados pela doença no momento. Na quinta-feira, ele deu entrada em uma UPA de Cascavel, Oeste do Paraná, relatando febre, tosse e dor de garganta no dia anterior. Desde que foi admitido e isolado na UPA, porém, o paciente não apresentou nenhum sintoma característico do ebola – como febre, hemorragia e vômitos. Na sexta-feira cedo, Bah foi transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio.

Um primeiro teste, cujo resultado foi divulgado no sábado, deu resultado negativo para infecção por ebola. Pelo protocolo, no entanto, um segundo exame deveria ser feito 48 horas após o primeiro para descartar a doença. O resultado deste segundo exame foi divulgado na tarde de ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro (foto).

Descartada a doença, será desmontado o esquema que monitorava, desde a última quinta-feira, as dezenas de pessoas que tiveram contato com Bah – na UPA e no local onde ele mora – e o eventual surgimento de febre e outros sintomas para o ebola. Assim que receber alta, Bah poderá retornar ao Paraná em um avião de carreira, e aguardar o resultado do seu pedido de refúgio.

Procedimentos

Segundo Chioro, o protocolo adotado no caso de Bah deve permanecer para outras eventuais suspeitas que apareçam no país. O ministro disse que nenhuma modificação deve ser feita no modus operandi estabelecido para barrar a entrada da doença no Brasil. "Todas as medidas de prevenção e de vigilância em relação ao ebola permanecem. Ao mesmo tempo em que passamos tranquilidade à população, entendemos que se trata de uma enfermidade de risco pequeno, mas que não podem ser descartadas as medidas de prevenção", avaliou.

Colaborou Luiz Carlos da Cruz

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