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Depois de quase cinco meses, a Delegacia de Homicídios (DH) prendeu o segurança Alexandre Gunther Arrua, de 31 anos, suspeito de ter assassinado Everton Justino dos Santos, de 26, em um posto de gasolina no Jardim Social, em Curitiba. Arrua estava foragido desde o dia 30 de março, quando o crime aconteceu, e foi capturado na última terça-feira (13). De acordo com a titular da DH, Maritza Haisi, o caso demorou a ser solucionado porque o dono do posto onde o assassinato aconteceu, na Rua Fagundes Varella, se recusou a fornecer as imagens da câmera de segurança do estabelecimento. "Infelizmente o proprietário não colaborou com as investigações como deveria, o que dificultou a identificação do atirador", disse Maritza.

A solução do crime, segundo a delegada, foi auxiliada pela apreensão de um revólver encontrado no cofre do posto durante as investigações. Quem reconheceu Arrua, no entanto, foi Juliana dos Santos, de 33 anos, irmã de Everton. Ela estava com o rapaz no posto no dia do crime e também foi baleada, mas sobreviveu. Antes disso, a DH chegou a cumprir um mandado de busca e apreensão na casa onde Arrua morava, sem sucesso.

Relembre o caso

No dia 30 de março deste ano, Everton Justino dos Santos foi até a loja de conveniências de um posto de gasolina no bairro Jardim Social, em Curitiba, para comprar cerveja, acompanhado da irmã e de um amigo. No local, ele teria discutido com Arrua, que, conforme levantado pela DH após as investigações, já teria desentendimento anterior com a vítima.

Após a briga, quando já estava de saída, Everton foi atingido por dois tiros, um na cabeça e um no peito. "Meu irmão já estava dentro do carro, indo embora, quando ele veio e atirou. Meu irmão não teve chance de defesa nenhuma", disse Juliana, que também estava dentro do carro. "Nada justifica ele ter atirado, se meu irmão discutiu, ele deveria ter chamado a polícia, não tirado uma vida", completou. Everton chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.

Pouco tempo depois do assassinato, no dia 6 de abril, a família de Everton promoveu um protesto contra a morte do jovem. A passeata foi da casa onde ele morava, no Bairro Alto, até o posto de gasolina onde ele faleceu. Everton era músico e trabalhava como pintor automotivo. "Ele era cheio de vida, namorava há seis anos, tinha planos com a namorada. A família foi destruída", disse Juliana. No final de abril, a DH apreendeu 11 discos rígidos e um revólver de calibre 38 no posto, que ajudariam a elucidar o crime, mas o caso seguia em aberto. Arrua foi identificado há algumas semanas, preso no último dia 13 e apresentado nesta sexta-feira (16).

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