Segurança acusado de matar jovem não poderia estar armado, diz polícia

O segurança de uma casa noturna de Maringá acusado de matar um jovem de 19 anos na madrugada desta segunda-feira (28) com um tiro no tórax, não poderia estar armado, segundo a Polícia Civil. A informação divulgada é de que a vítima insistiu para entrar no local, que fica na Avenida Cerro Azul, na Zona 2, sem documentos de identificação, o que teria provocado a reação do segurança.

De acordo com o delegado Antônio Brandão Neto, no local do crime foram encontradas duas armas: um revólver calibre 38, possivelmente utilizado no crime e sem registro, e uma pistola 380 milímetros com a numeração raspada. "Ele não poderia estar armado em uma casa noturna nas circunstâncias em que encontramos as armas. É um local de muito movimento e para que ele estivesse armado seria necessária uma autorização da Polícia Federal [PF] e uma arma legalizada", disse.

O acusado estava foragido até as 8h30 desta segunda-feira. O proprietário do estabelecimento procurou a Polícia Civil para avisar que as armas estavam escondidas em uma sacola num cômodo da casa noturna. "Nossos policiais encontraram as duas armas e a roupa de segurança dentro das sacolas. Isso demonstra total desequilíbrio psicológico e falta de preparo emocional. Independentemente de estar ou não armado, não poderia agir efetuando disparo em local movimentado, colocando a vida de várias pessoas em risco", afirmou Brandão.

Ainda segundo o delegado, a raspagem da numeração da arma agrava ainda mais a pena. "A principio ele vai responder por homicídio e por porte ilegal de armas. O revolver calibre 38 é de origem estrangeira, já que não possui cadastro nos órgãos nacionais. Depois de apurado todo o caso ele poderá ainda responder por outros crimes", esclareceu Brandão.

Vítima morreu no local

O rapaz foi atingido na altura do tórax, chegou a ser atendido pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico legal (IML) de Maringá. A Gazeta Maringá está tentando contato com representantes da casa de shows.