Cerca de 18 mil homens serão diretamente empregados no esquema de segurança da Rio+20, que será realizada entre 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro. Neste total, estão incluídos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar do Estado do Rio, além do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal da capital.
As Forças Armadas não vão repetir na Rio+20 a fórmula utilizada para garantir a segurança durante a Rio 92, quando tanques de guerra foram apontados para favelas dominadas pelo tráfico de drogas. Carros de combate serão utilizados, mas devem ficar longe dos olhos da maioria dos cariocas. "O cenário do Rio de 20 anos atrás é bem diferente do atual, no qual várias comunidades estão pacificadas. O patrulhamento será o necessário para garantir a segurança dos participantes do evento. O fato de a população não ver blindados nas ruas não quer dizer que não estejam usados", explicou o coronel Saulo Chaves dos Santos, coordenador de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML).
Dessa vez, a Secretaria de Segurança pretende levar delegações estrangeiras a comunidades que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para que conheçam o projeto. A mudança de atitude é justificada pelas estatísticas de criminalidade: em 2000, o Estado do Rio ostentava a segunda maior taxa de homicídios por mil habitantes (51) de todo o País; enquanto este ano figura na 17ª posição (26,2).
O efetivo de PMs e policiais civis será de 6 mil por dia nos locais de eventos. Para isso, 3 mil homens trabalharão através do Regime Adicional de Serviço (RAS), quando o governo do Estado "compra" a folga dos policiais. Até então, em situações como essa, os policiais eram convocados a ficarem de prontidão e não recebiam nada a mais por isso. Caberá às polícias Militar e Civil garantir a segurança no entorno do Rio Centro (onde se reunirão os cerca de 140 chefes de Estado e Governo) e nos outros locais de eventos paralelos, como a Arena da Barra, o Museu de Arte Moderna (MAM), e o Píer Mauá.
Já a Polícia Federal contará com 2.500 homens. "A PF ficará responsável pela escolta dos chefes de Estado enquanto estiverem na cidade, e pela segurança no interior dos locais de evento, junto com o Exército. Também vamos checar o histórico de cada uma das 50 mil pessoas inscritas na conferência antes de liberarmos o credenciamento. Precisamos saber se têm antecedentes criminais, envolvimento com terrorismo, etc. Além disso, os locais de evento sofrerão varredura contra artefatos explosivos, químicos, biológicos, radiológicos e nucleares. Devemos finalizar esse trabalho no Rio Centro em 5 de junho, quando o local passará a ser território da ONU", explicou o delegado da PF Vitor César Santos.
A coordenação da segurança da Rio+20 ficará a cargo do Exército. O Centro de Coordenação de Operações de Segurança, que terá representantes de todos os órgãos federais e estaduais envolvidos, ficará no Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio. A conferência também contará com um Centro de Monitoramento Cibernético, que já foi montado no Rio Centro. "Agentes estão monitorando a internet para detectar alguma ameaça terrorista ou evitar ataques de hackers", diz Santos.
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