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A falta de segurança continua sendo uma preocupação constante para quem freqüentam a região próxima da Rodoferroviária de Curitiba. Não há câmeras de monitoramento na parte interna dos prédios. Para ajudar a esclarecer o caso da menina Rachel, por exemplo, foram entregues à polícia as fitas das únicas câmeras existentes, que monitoram a área onde ficam os táxis.

Segundo a assessoria da Urbs, empresa responsável pela Rodoferroviária, a licitação para compra de câmeras foi aberta em setembro e as empresas interessadas deverão se apresentar em sessão pública no dia 24. Enquanto isso, a segurança dos 63 mil metros quadrados é feita por cerca de dez homens, entre policiais militares, seguranças terceirizados e fiscais da Urbs.

Para a balconista Franciele Miceli, 19 anos, a insegurança existe dentro e fora da rodoviária. No mês passado, foi assaltada duas vezes na saída do seu turno, às 23 horas, quando ia pegar o ônibus no Terminal do Guadalupe. Da primeira vez, um homem levou seu celular. Da segunda, dois homens, sendo um deles menor, levaram o novo celular e R$ 35. "Pedi as contas. Vou procurar um lugar com um horário melhor", desabafa.

A agente de apoio, que cuida dos banheiros do andar onde foi encontrada a mala, e que não quer se identificar por medo, comentou que o volume já estava embaixo da escada antes das 20 horas. Ela lembra que no local circulam muitas pessoas. O controle de segurança, por isso, não é feito com precisão. "Sempre que qualquer objeto for encontrado, deve ser chamado um fiscal da Urbs", lembra. É muito comum as pessoas deixarem bagagens, seja embaixo de escadas, no saguão e até mesmo nos banheiros. A agente recorda que, naquele dia, estava um rebuliço na rodoviária porque faltava água.

Na região do entorno dos prédios, os taxistas também afirmam que os assaltos têm sido constantes. Para o taxista Roberto Pedroso, 59 anos, 31 deles no ponto em frente do Mercado Municipal, seria preciso um módulo da Polícia Militar próximo. "Quando ligamos, demora muito para os policiais chegarem. Aí, os ladrões já fugiram". Para um atendente de um pequeno hotel da região, a situação é a mesma. Mas é preciso conviver com o problema. "Não dá para se meter em confusão", alerta o rapaz, que não quis se identificar. Segundo ele, as normas do hotel não permitem que nenhuma criança entre sem a certidão de nascimento.

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