| Foto: Andressa Anholete/AFP

A segurança é a principal preocupação dos envolvidos na organização das manifestações pró-impeachment e a favor da permanência da presidente Dilma Rousseff, que deverão ocorrer em diversas cidades no domingo, (17), durante a votação do processo na Câmara. Os principais focos de atenção são Brasília e Rio de Janeiro, onde há a possibilidade de encontro entre os grupos antagônicos.

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Na capital federal, a poucos metros de onde vai ocorrer a votação, a cerca de metal instalada no gramado em frente ao Congresso deixa visível essa preocupação. Do lado direito, do ponto de vista de quem olha para o Congresso, ficará o grupo a favor do impeachment, convocado principalmente pelo Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre, Revoltados On Line e Aliança Nacional dos Movimentos Democrático. Do lado esquerdo estarão os manifestantes a favor do governo, liderados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

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Em cada lado do que foi apelidado de “muro da vergonha”, a cavalaria da Polícia Militar estará perfilada para evitar provocações e agressões. Ao todo, foram mobilizados 3 mil policiais. Além disso, a Força Nacional estará de prontidão.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), não escondeu a preocupação com a possibilidade de conflitos e distúrbios. “Vamos fazer de tudo. Colocar o máximo de efetivo para garantir segurança a todos. Mas vai depender do comportamento das pessoas e das lideranças”, afirmou.

Na tarde desta quinta-feira (14) a Polícia Federal recebeu denúncia de que José Sílvio dos Santos, candidato a deputado pelo PDT-DF em 2014, pediu a seus seguidores no Facebook que fossem armados para a Esplanada e, se possível, enforcassem os parlamentares que defendessem o “golpe”. Em seguida, o partido divulgou nota informando que decidiu expulsar José Sílvio.

Esquema

No domingo, a presença de manifestantes só será permitida a partir da Praça das Bandeiras. Quatro carros de som estão previstos para serem usados pelo grupo pró-impeachment e ao menos dois outros por apoiadores da presidente. Os manifestantes não vão poder usar os carros de som para fazer discursos - o uso do equipamento está restrito à orientação da multidão.

Em reunião entre o governo do DF e os movimentos, ficou definido um esquema de evacuação semelhante ao de jogos de futebol de torcidas rivais. Após a divulgação do resultado, os grupos deixarão o local com cerca de 90 minutos de diferença. Os “derrotados” serão orientados a deixar o local logo após o resultado, enquanto o “vencedor” poderá ficar por até uma hora e meia.

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Carla Zambelli, coordenadora da Aliança, disse que os bonecos que retratam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff não serão levados ao gramado. “Queremos evitar provocação”, afirmou. Ela estará no gramado acompanhada de seguranças. A aliança será a primeira a ocupar o espaço, usando um carro de som desde hoje na frente da Catedral de Brasília.

São Paulo

Em São Paulo, os grupos favoráveis e contrários ao impeachment estarão no domingo a 7 km um do outro. As Frentes Brasil Popular e Brasil sem Medo vão reunir manifestantes no Vale do Anhangabaú, a partir das 10h, para um “ato e vigília em defesa da democracia e contra o golpe”. O Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre vão se reunir na Avenida Paulista a partir das 9h, com telões, carros de som e shows. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.