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Dois ex-funcionários da boate Kiss de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, prestaram depoimentos ontem na fase de instrução do processo criminal que apura as responsabilidades pela tragédia que matou 242 pessoas em 27 de janeiro. O casal de seguranças, Rute Brilhante da Cruz e Daniel Alcântara da Cruz, afirmou que não barrou a saída dos clientes no momento do incêndio.

Também prestaram depoimentos ao juiz da 1.ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Louzada, outros dois sobreviventes. Brian Zepenfeldi, que ficou 17 dias em coma por causa da intoxicação pela fumaça, afirmou que a saída da boate ficou trancada. "A porta estava fechada e as pessoas batiam para sair", disse Brian Gregory Licht dos Santos lembrou que salvou duas meninas que ficaram prensadas nas grades. "Elas não esboçavam reação, só choravam", disse.

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