Casos não chegam à polícia
Mesmo identificando os ladrões e muitas vezes até os detendo, comerciantes e funcionários do calçadão da Rua XV preferem não levar os casos à polícia. Dos seis estabelecimentos visitados pela reportagem, nenhum faz queixas à polícia. "Não resolve nada. Já teve caso de o cara que roubou a loja sair da delegacia antes de mim, que fui dar queixa", aponta o gerente de uma loja de roupas. No roubo mais recente no estabelecimento, 20 blusas foram levadas semana passada, gerando prejuízo de R$ 800.
Em novembro, comerciantes do calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba, começam a reforçar a segurança para as vendas de fim de ano. O objetivo é combater os furtos, que já são diários, antes mesmo do início das vendas de Natal. Com o aumento do movimento, os estabelecimentos temem que os prejuízos sejam ainda maiores.
Somente uma loja de cosméticos do calçadão calcula entre R$ 1 mil e R$ 2 mil o prejuízo mensal com furtos, mesmo com três seguranças. "Se não houvesse esses roubos, a loja poderia gerar mais três ou quatro empregos com o valor do prejuízo", comenta o chefe da segurança da loja, que prefere não ser identificado. Para as vendas de fim de ano, outros três seguranças serão contratados. "O movimento aumenta muito e a gente tem que ficar de olho a todo instante, porque em um segundinho de bobeira eles levam as coisas", revela.
Segundo o chefe de segurança, os ladrões são conhecidos e geralmente agem da mesma forma: grupos de três mulheres atuam em conjunto. Uma distrai o vendedor, outra a segurança e a terceira pega as mercadorias.
A gerente de uma loja de roupas confirma que os ladrões são conhecidos. "Tanto que assim que vemos essas pessoas na porta o segurança nem as deixa entrar. Só que não temos como estar o tempo todo de olho nelas, e no momento de distração elas agem", diz. Semana passada, um ladrão levou de uma só vez dez blusas penduradas no interior da loja prejuízo de R$ 700. Só em 2008, a loja, que conta com dois seguranças e contratará mais um em dezembro, sofreu cinco furtos.
Em outra loja de roupas, os furtos chegam a ser diários. "Temos casos de todos os tipos: individual, em grupo e até em família", ressalta a gerente, que também prefere não se identificar. Os casos são tantos que em 2007 os valores furtados representaram 3,17% do faturamento do estabelecimento, sendo que a média nacional da rede de lojas à qual o estabelecimento faz parte é de 1%. "Furto nós temos diariamente. Chegamos a pegar até cinco em um só dia", salienta.
Polícia
Tanto a Polícia Militar quanto a Guarda Municipal informam que em dezembro reforçarão o patrulhamento não só na Rua XV, mas em todo o Centro. Segundo a Guarda Municipal, o patrulhamento aumentará em 50%. A PM não informou de quanto será o crescimento. Além do patrulhamento na rua, policiais e guardas municipais também farão o monitoramento pelas 38 câmeras de vídeo instaladas na região central.
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora