Seis pessoas morreram por ano no Paraná vítimas de raios entre 2000 e 2014. Em todo o país, foram 119 por ano no mesmo período – 1792 no total. Apesar de ainda serem alarmantes quando comparados com dados de países desenvolvidos, esses números são menores do que a média anual obtida entre 2000 a 2009 – período do primeiro levantamento de mortes por raios feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). De acordo com o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no primeiro levantamento, foram 132 casos por ano.
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Esta sexta-feira (23) deve continuar chuvosa, com possibilidade de temporais, rajadas de vento fortes e até granizo em várias regiões do estado, principalmente no período da tarde
Leia a matéria completaO resultado do atual estudo foi divulgado pelo órgão nesta sexta-feira (23), dia em que estão previstos novos temporais para o estado. O Brasil recebe cerca de 50 milhões de descargas atmosféricas por ano. Para o instituto, a queda reflete a maior capacidade do país em detectar eventos como esse e também uma conscientização maior da população sobre os procedimentos a se adotar em caso de raios.
Brasil é o país com maior quantidade de raios
São Paulo (223), Minas Gerais (169) e Rio Grande do Sul (127) são os estados com maior quantidade de mortes nos últimos 15 anos. O Paraná aparece na sétima colocação, com 90 mortes nesse período. O Brasil é o país com a maior quantidade de descargas elétricas no mundo. De cada 50 mortes por esse motivo no mundo, uma ocorre no Brasil.
O perfil das vítimas também mudou entre os dois períodos analisados pelo INPE. Nos primeiros dez anos de análise, 40% das vítimas tinham até 24 anos. Agora, essa faixa etária pulou para 68%. E mais pessoas têm morrido dentro de casa – essa localização passou de 12% para 19%.
Para Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT, os números mostram que mesmo dentro de casa existem riscos de ser atingido por um raio. “É necessário que as pessoas fiquem distantes de objetos ligados à rede elétrica ou rede telefônica durante tempestades”, alertou.
De acordo como Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), vinculado ao INPE, os dados mostram que as mortes por raios são muito mais frequentes nos países da América Latina do que em países desenvolvidos. Por aqui, ocorre 1,7 morte por milhão de habitantes, contra 0,1 em países como os Estados Unidos, que também recebe alta quantidade de descargas atmosféricas.
Outra comparação do órgão mostra que as redes elétricas e telefônicas norte-americanas são mais bem protegidas do que as dos vizinhos da América do Sul. Lá apenas 1% dessas mortes ocorre dentro das residências.
Os dados apresentados nesta sexta fazem parte do livro Brasil: Que raio de história, lançado nesta semana durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília. A obra deu origem ao filme Fragmentos de Paixão, em exibição nos cinemas.
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