Seis vacinas do calendário nacional de imunização tiveram o público-alvo ampliado neste ano pelo Ministério da Saúde. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (3), pelo governo federal, e abrange os imunizantes tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A. Todas são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A ampliação tem por objetivo, conforme o Ministério da Saúde, aumentar a proteção de crianças, a imunidade de adolescentes e reduzir a circulação de doenças entre a população.
Calendário de vacinação: confira quais vacinas tomar em cada fase da vida
Ainda de acordo com a pasta, a iniciativa é resultado de uma economia de R$ 66,5 milhões a partir da negociação e redução de até 11% no valor da dose de três vacinas: Hepatite A, HPV e dTpa. Com a medida, também foi possível adquirir mais de 11,5 milhões de doses da vacina contra a febre amarela.
Veja como ficou definida a faixa etária para cada uma das seis vacinas:
Hepatite A
Passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era até 2 anos. Essa vacina, conforme o Ministério da Saúde, é altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%. Em países que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes, proporcionando proteção de rebanho para a população geral.
Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
Em 2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral, passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos de idade. Antes era administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos de idade. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela).
HPV
Também será ofertada para meninos a partir deste ano. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina também será oferecida para homens com HIV e aids, entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) com HIV/Aids recebem a vacina.
Meningocócica C
Também está disponível para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos.A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes.
dTpa Adulto
A vacina contra difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Com essa medida, o Ministério da Saúde busca garantir que os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre aos seis meses de idade.
Triplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
A alteração no esquema está na introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era administrada somente até os 19 anos de idade. Com esta mudança, busca-se a correção da falha vacinal neste grupo e também considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos. Os surtos mais recentes têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária.
A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Para os adultos de 30 a 49 anos permanece a indicação de apenas uma dose de tríplice viral.
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