Sem a segunda parcela do 13º salário, os trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) vinculados à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) abriram um indicativo de greve para a próxima quinta-feira (24). Até lá, a categoria realiza protestos em frente à direção do HC. A promessa é manter o movimento até que o salário seja pago.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR), a parcela dos trabalhadores vinculada à Funpar sofreu com atrasos salariais durante todo o ano. “[a direção do hospital] Atrasou mais de 20 dias o pagamento do adicional de férias e vem atrasando salários. O atraso do 13º foi a gota d’água”, disse Marcio Palmares, um dos diretores do sindicato.
A assessoria de imprensa do HC informou que o crédito na conta dos funcionários era esperado para a noite da última segunda-feira (21), mas que trâmites burocráticos impediram que isso ocorresse. Nesta terça-feira, o advogado da Funpar garantiu que o pagamento deve estar na conta de todos os funcionários às 10 horas desta quarta-feira (23), segundo José Carlos Assis, diretor do Sinditest.
A categoria faz um “café da manhã” em frente ao hospital, nesta quarta, e promete encerrar os protestos somente após a verificação dos extratos bancários.
Na tarde de terça-feira, cerca de 200 pessoas se concentraram em frente ao HC, com promessa de suspensão imediata das atividades. A direção de hospital informou que o protesto não prejudicou o atendimento aos pacientes.
Ao todo, 916 trabalhadores do HC são contratados via fundação. Somando-os aos concursados, há 2,8 mil funcionários trabalhando no local.
Incerteza
O Hospital de Clinicas aderiu, no final do ano passado, à gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) -- uma empresa vinculada ao Ministério da Educação criada para gerir os hospitais universitários. Essa nova gestão prevê a realização de concurso público para a contratação de funcionários que irão substituir, de forma gradativa, os profissionais contratados via Funpar. O Sinditest-PR foi contra essa adesão por entender que ela representa a privatização do complexo e também para proteger esses trabalhadores. Quando da adesão, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, garantiu que não haveria demissões em massa e que a substituição ocorreria de forma gradativa.
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