Parte dos funcionários públicos da saúde em Curitiba permanece em greve por tempo indeterminado, depois de mais um dia de negociações. Ontem, eles tentaram incluir, sem sucesso, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais em pauta na Câmara dos Vereadores, enquanto a secretária de Saúde, Eliane Chomatas, fazia a prestação de contas, e em reunião realizada por Eliane com a Secretaria de Recursos Humanos da capital.
São cerca de 1,2 mil servidores municipais que não foram integrados ao benefício, aprovado em primeira votação na Câmara. Compõe o grupo de funcionários sem a redução da jornada os nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, químicos, psicólogos, técnicos de laboratório e técnicos de saneamento. Eles entraram em greve na segunda-feira.
Os serviços do Laboratório Municipal, da área de saúde da família, vigilância sanitária e dispensação de medicamentos para a aids e psicotrópicos da capital podem apresentar atendimento deficitário por tempo indeterminado por causa da paralisação.
A assessora para assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues, diz que os manifestantes buscam um acordo que beneficie todos os trabalhadores da área de saúde. Segundo Irene, a prefeitura não teria dado a mesma importância aos trabalhadores sem os benefícios. "Eles se recusam a entrar em um acordo e a colocar em pauta o assunto neste ano. Estão adiando a discussão apenas para fevereiro", disse.
De acordo com a secretária de Recursos Humanos de Curitiba, Maria do Carmo Oliveira, a negociação com o sindicato existe e a discussão sobre a inclusão dos demais trabalhadores na redução de jornada já havia sido agendada com o Sismuc para o dia 2 de fevereiro de 2012, às 14 horas.