Entrevista
A secretária da Saúde de Curitiba, Eliane Chomatas, respondeu ontem a algumas perguntas feitas pela imprensa:
Existe a possibilidade de adiantar as negociações para este ano sobre a questão das 30 horas, como demanda o sindicato?
Neste momento, estamos fazendo o que foi pactuado com o sindicato. Nós criamos uma comissão para estudar a implantação das 30 horas [para as categorias já beneficiadas] em março. Precisamos fazer um rearranjo nos centros de urgências. A outra pactuação, que é da secretaria de Recursos Humanos, é a recomposição do salário básico. Isso foi pactuado com o sindicato e estamos cumprindo. Até fevereiro estamos trabalhando nisso. Há todo um trabalho técnico para ser feito. Nós não temos como fazer isso. O sindicato pactua uma coisa, depois quer pactuar outras no meio do caminho...
E qual é a maior dificuldade em estender essa carga de 30 horas para outras categorias da saúde?
Nós trabalhamos com um leque enorme de categorias profissionais, muitas não são específicas da saúde. Por exemplo, orientador físico. Quem faz o concurso não somos nós, eu nem tenho essa carreira na saúde. Quem faz o concurso é a secretaria de Esporte e Lazer. Se você mudar isso para a saúde, como fica o que está na outra secretaria? Eles passaram no mesmo concurso, mas um trabalha 30 horas e o outro 40. É essa a situação. Não é uma coisa simples.
Parte dos funcionários públicos da saúde em Curitiba permanece em greve por tempo indeterminado, depois de mais um dia de negociações. Ontem, eles tentaram incluir, sem sucesso, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais em pauta na Câmara dos Vereadores, enquanto a secretária de Saúde, Eliane Chomatas, fazia a prestação de contas, e em reunião realizada por Eliane com a Secretaria de Recursos Humanos da capital.
São cerca de 1,2 mil servidores municipais que não foram integrados ao benefício, aprovado em primeira votação na Câmara. Compõe o grupo de funcionários sem a redução da jornada os nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, químicos, psicólogos, técnicos de laboratório e técnicos de saneamento. Eles entraram em greve na segunda-feira.
Os serviços do Laboratório Municipal, da área de saúde da família, vigilância sanitária e dispensação de medicamentos para a aids e psicotrópicos da capital podem apresentar atendimento deficitário por tempo indeterminado por causa da paralisação.
A assessora para assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues, diz que os manifestantes buscam um acordo que beneficie todos os trabalhadores da área de saúde. Segundo Irene, a prefeitura não teria dado a mesma importância aos trabalhadores sem os benefícios. "Eles se recusam a entrar em um acordo e a colocar em pauta o assunto neste ano. Estão adiando a discussão apenas para fevereiro", disse.
De acordo com a secretária de Recursos Humanos de Curitiba, Maria do Carmo Oliveira, a negociação com o sindicato existe e a discussão sobre a inclusão dos demais trabalhadores na redução de jornada já havia sido agendada com o Sismuc para o dia 2 de fevereiro de 2012, às 14 horas.
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