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Professores em passeata pelo Centro Cívico nesta manhã, em Curitiba | Gerson Klaina
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Professores em passeata pelo Centro Cívico nesta manhã, em Curitiba| Foto: Gerson Klaina /

Representantes de professores da rede municipal de ensino de Curitiba e da prefeitura encerraram, na manhã desta terça-feira (21), uma audiência sem que as partes chegassem a um acordo sobre as reivindicações da categoria. Os professores retomaram hoje a paralisação no setor e fizeram, durante a reunião, protesto da prefeitura, no Centro Cívico, até o Edifício Delta, no Alto da Glória.

De acordo com o Sismmac, sindicato que representa a categoria, o encontro foi usado pela gestão municipal para a apresentação da situação financeira do município, sem que houvesse avanço sobre a pauta apresentada pela entidade. A categoria ainda vai fazer uma nova assembleia, a partir das 14 horas desta terça, na Praça Nossa Senhora da Salete, para decidir sobre os próximos passos do movimento. A manutenção da greve não está descartada.

Os professores haviam entrado em greve na quarta-feira (15), durante a paralisação geral contra a reforma da Previdência. A mobilização, no entanto, foi suspensa após assembleia e agendamento dessa nova reunião com a prefeitura. A categoria cobra novas contratações e a implantação do plano de carreira, que deveria ter começado em dezembro, conforme lei assinada durante a gestão Gustavo Fruet.

Em nota, a prefeitura informou que a administração municipal explicou à comissão que a implementação do plano de carreira, bem como a contratação de novos professores, dependem da implementação das medidas de ajuste fiscal no município. O pacote com as medidas deve ser encaminhado à Câmara de Vereadores nos próximos dias. “A prefeitura de Curitiba reiterou o compromisso de implementar o plano de carreira e contratar professores, mas tudo dentro da realidade financeira da cidade”, diz o comunicado.

Mobilização

Devido ao encontro desta terça, houve suspensão das aulas em diversas escolas. De acordo com dados da prefeitura, 62 escolas, de um total de 185, ficaram sem aulas nesta manhã. O Sismmac afirma que esse número é maior. Conforme o sindicato, 100 estão fechadas e 18 funcionando parcialmente.

Os educadores cobravam a participação de Rafael Greca na reunião desta terça, mas a prefeitura informou que o prefeito não faz parte da comissão designada para tratar do assunto. Os professores, inclusive, pediram que o encontro ocorresse na própria prefeitura. Mas o município decidiu atender os representantes da categoria na Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, no edifício Delta, na Avenida João Gualberto. Participaram da reunião com o Sismmac representantes das secretarias de Recursos Humanos, Governo Municipal, Educação e Finanças.

Posicionados em frente ao Palácio 29 de Março desde o início da manhã, os professores saíram em passeata até o endereço da pasta municipal. A caminhada provocou mudanças no trânsito no local e as estações-tubo João Gualberto - Maria Clara e Passeio Público, foram desativadas, nesse período, nos dois sentidos pela Urbs.

Os CMEIs, cujos educadores são representados por outro sindicato, funcionam normalmente.

Professores da rede municipal se concentram na Praça Nossa Senhora da SaleteGerson Klaina

Em nota enviada antes do fim do encontro, a prefeitura informou que busca meios de honrar os compromissos assumidos pela gestão anterior, com o o pagamento da última parcela do plano de cargos. Esse pagamento deveria ter sido realizado em dezembro, de acordo com a atual gestão. A prefeitura reiterou também que mantém a postura de diálogo com os servidores do magistério municipal.

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