O terceiro julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser mandante da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, começou na manhã desta segunda-feira (12), em Belém. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o advogado de defesa, Eduardo Imbiriba, não compareceu à sessão. O advogado Arnaldo Lopes de Paula apresentou pedido para substituir Imbiriba e adiar o julgamento, mas a solicitação não foi aceita.

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O júri estava inicialmente marcado para 31 de março, mas Imbiriba faltou, alegando que aguardava julgamento do habeas-corpus que tramitava no Supremo Tribunal Federal. O juiz Raimundo Moisés Flexa decidiu marcar novo julgamento para esta segunda e designou um defensor público para a defesa. O STF negou o pedido de liberdade na semana passada.

Nesta segunda, o juiz sorteou os jurados (seis mulheres e um homem) e começou a ouvir as testemunhas de acusação.

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Terceiro julgamento

Bida foi julgado pela primeira vez em maio de 2007 e condenado a 30 anos de reclusão. Como a pena foi superior a 20 anos, ele teve direito a novo júri. Em maio de 2008, foi absolvido. A acusação recorreu.

Em abril do ano passado, o julgamento foi anulado. O fazendeiro foi preso em fevereiro deste ano, depois de se apresentar à polícia.

Outros três acusados de participação no caso, Rayfran das Neves Sales, Clodoaldo Carlos Batista e Amair Feijoli da Cunha, foram julgados e condenados a penas que variam de 17 a 27 anos de reclusão. Regivaldo Pereira Galvão, que também é réu no processo, deve ser julgado no fim de abril. Ele aguarda julgamento em liberdade.

Crime

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A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.