O governo federal e integrantes do Movimento de Luta por Moradia (MPM) se reuniram nesta sexta-feira (9), em Curitiba, para debater as principais bandeiras dos sem-teto na capital paranaense. O encontro, que teve participação de representantes da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab), terminou sem uma lista de medidas práticas e sem prazos para serem cumpridos. Mesmo assim, o MPM considera que houve avanço no encontro, porque o poder público se mostrou "sensível às causas" e se comprometeu a manter o diálogo.
Paulo Roberto Silva, um dos coordenadores do Movimento Popular por Moradia (MPM) em Curitiba, elege como principal tema de debate a agilidade na modalidade Minha Casa Minha Vida entidades. Por esse instrumento, famílias organizadas por meio entidades sem fins lucrativos, podem ter acesso a financiamentos. "O governo federal assumiu o compromisso de negociar, de encaminhar a questão. Existem mesas nacionais de negociação, alguns fóruns, e estamos otimistas que haverá maior agilidade no tema."
A reunião ocorreu na sede da Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher, na Praça Garibaldi, em Curitiba. O evento começou por volta das 9 horas e teve duração de uma hora. Entre os participantes estiveram oito representantes do MPM; o chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Relações Políticas Sociais do governo federal, Manoel Messias de Sousa Ribeiro; Tom Vargas, administrador da regional CIC, em Curitiba; e Ubiraci Rodrigues, presidente da Cohab na capital paranaense.
Silva diz que o protesto desta quinta-feira (8) não teve o objetivo de confrontar o poder público. "Nós pedimos a regularização fundiária, pedimos mais contatos no Ministério das Cidades, mas entendemos que temos um canal de diálogo aberto. Mas na nossa opinião tudo isso poderia ser mais rápido. Também não digo que é lento por culpa de A ou B. Às vezes, o próprio movimento não está organizado o suficiente. Tudo o que fazemos é para que obtenhamos mais apoio nas conquistas desses direitos."
Protestos ocorreram em Curitiba e em São Paulo nesta quinta
Uma manifestação no quilômetro 595 no Contorno Sul, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), bloqueou os dois sentidos da rodovia por 1h30 nesta quinta-feira (8). O ato começou às 10 horas e durou até pouco antes das 11h30. Os manifestantes protestaram contra despejos em vilas da região, além de pedirem a regularização fundiária de casas com pendências e agilidade na implementação do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida na modalidade entidades. O trânsito no local teve filas e transtornos durante o ato, com a situação normalizada apenas a partir da tarde.
Em São Paulo, sem-teto e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) montaram quatro frentes de protesto em São Paulo nesta quinta-feira (8). A presidente Dilma Rousseff recebeu as lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para discutir o acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais reivindicações do movimento de moradia.
Dilma atendeu a um pedido do líder do movimento dos sem-teto de São Paulo, Guilherme Boulos, e os recebeu pessoalmente antes de determinar que uma equipe do Ministério das Cidades irá receber a comissão que representa o MTST nos próximos dias para tratar do acesso ao Minha Casa Minha Vida. Assim como em Curitiba, o compromisso assumido pela presidente foi o de estudar a situação do terreno e a possibilidade de transformá-lo em moradia popular.
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