Falta de opções de lazer no Litoral, durante sequência de dias chuvosos, tirou o ânimo dos turistas| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Previsão

Depois do fim da folia, o tempo melhora – mas não muito

As chuvas que atingem todas as regiões do Paraná há alguns dias foram provocadas por um sistema de baixa pressão que se desloca pelo Oceano Atlântico associado à umidade da atmosfera. A faixa que faz divisa com o estado de São Paulo, a região Leste e o Litoral são as regiões mais atingidas por chuvas contínuas; no restante do Paraná, as chuvas ocorrem em pancadas isoladas a qualquer hora do dia.

De acordo com o Instituto Simepar, a previsão é de que continue a chover até o fim de semana. A instabilidade diminui e as chuvas podem ocorrer de maneira irregular, com maior concentração a partir da tarde e à noite.

Os termômetros continuam a registrar temperaturas elevadas, principalmente nas regiões Norte e Oeste. Nesta quarta-feira (18), Foz do Iguaçu chega a marcar 32° C; Maringá e Campo Mourão, 29° C. Já no Leste as temperaturas ficam mais amenas: em Curitiba teremos máxima de 25° C; em Ponta Grossa, 27° C e em Rio Negro, 24° C. No Litoral, embora a chuva e o céu fechado desanime quem planejava uma prainha, o clima continua quente: em Paranaguá, Matinhos e Guaratuba faz 29° C. O sol vai voltar a brilhar, mas em aparições rápidas.

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A chuva que não deu trégua para o Litoral do Paraná desde sexta-feira (13) levou muitos turistas e veranistas a desistirem de viajar para a praia ou a encurtar a estadia nas cidades litorâneas no feriado prolongado de carnaval. A Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral), estabelecimentos comerciais e rede hoteleira de cidades como Matinhos, Guaratuba e Paranaguá, os três destinos mais visados por turistas, estima que o movimento ficou até 40% abaixo do esperado.

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"Desde o início de fevereiro vimos o movimento cair drasticamente. Agora, no carnaval, percebemos uma retração nas locações de imóveis e os hotéis registraram queda de até 50% na ocupação. Comércio, bares e restaurantes foram os mais prejudicados, pois muitas pessoas desceram para o Litoral, mas como a chuva dificultou bastante o deslocamento, quem veio acabou ficando a maior parte do tempo em casa", explicou Carlos Dalberto Freire, presidente da Assindilitoral.

Para Eliane Regina Ferreira e o marido, Digmar Bertoldo Tigre, de Maringá, a chuva acabou por evidenciar alguns problemas que a cidade tem por falta de estrutura, como ruas que não conseguem escoar a água e comércio de portas fechadas. Pela primeira vez em Matinhos, o casal sentiu falta de opções de lazer para os dias em que o sol não dá as caras – o que aconteceu durante todo o carnaval.

"Foi decepcionante. Chegamos dia 10 e enquanto teve sol, tudo bem, dava para aproveitar as praias. Mas quando começou a chover, percebemos que o movimento minguou e muitas lojas e quiosques fecharam. Sentimos falta de uma estrutura de praia, de oferta de serviços", explicou. A situação antecipou o retorno do casal. "Nós tínhamos a intenção de ficar até segunda-feira (16), mas acabamos voltando no sábado pela manhã. Melhor do que ficar no hotel."

Quem chegou somente na sexta-feira (13) ou sábado (14) com o objetivo de aproveitar o carnaval na praia também ficou desapontado. É o caso de Pedro Marcelo Araújo, que veio de Curitiba acompanhado da esposa, Rosana, para descansar durante o feriado. A chuva, no entanto, reduziu a estadia de quatro para apenas um dia. "A chuva atrapalhou muito. Qualquer saída do hotel tinha que ser de sombrinha", resumiu.