O pronto-socorro do Hospital Evangélico, em Curitiba, está fechado desde as 9 horas desta segunda-feira (26). Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a interrupção nos serviços foi causada pela falta de repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos meses de outubro e novembro, o que impediu o hospital de adquirir materiais e medicamentos básicos usados na unidade. O órgão informou que não foram repassados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que gerencia as verbas do SUS destinados ao Evangélico e a outros hospitais cerca de R$ 5 milhões relacionados aos dois meses em questão. Também ainda não teriam sido pagos recursos de 2012 da ordem de R$ 6 milhões, totalizando R$ 11 milhões a receber.
Os pacientes já internados continuam sendo atendidos normalmente. O Hospital Evangélico é uma das três instituições de Curitiba que concentram os serviços de atendimento de urgência e emergência realizados na capital pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os outros dois são o Hospital Cajuru e o Hospital do Trabalhador. Este último, segundo a Prefeitura, estava com lotação acima da média ao longo do dia, o que obrigou a direção da instituição a não aceitar pacientes por algumas horas para garantir a segurança e a assistência aos pacientes que já estavam em atendimento.
Já no Hospital Cajuru, o atendimento durante o período da tarde foi prejudicado por um problema nos equipamentos de Raio-X. Os exames estão sendo realizados no ambulatório e o fluxo de atendimento já foi normalizado.
Outro lado
A Secretaria Municipal da Saúde informou que repassou para a Sociedade Beneficente Evangélica (SEB) gestora do Hospital Evangélico de Curitiba aproximadamente R$ 67 milhões, entre janeiro e novembro de 2013.
Segundo consta na nota encaminhada pela assessoria de imprensa da secretaria, em janeiro deste ano a dívida da SMS com a SEB somava R$ 9.267.006,16 referente à contratualização dos últimos três meses de 2012. Deste total, já foram pagos R$ 5.530.090,20. O residual é de R$ 3.736.915,96.
A SMS disse ainda que balanço feito em agosto apontou um montante de R$ 3.403.400,00 a ser pago, referente aos convênios do Centro Médico Comunitário Bairro Novo e Centro de Especialidades Bairro Novo. "Esse valor, equivalente aos convênios dos dois equipamentos, não tinham sido pago por falta de prestação de contas pela instituição. Com isso, o total da dívida que ainda estava em aberto somava R$ 7.140.315,96. Este valor foi parcelado em 12 vezes de R$ 595.026,26, das quais duas parcelas já foram pagas", descreveu o órgão. A prefeitura reiterou que não há repasses em atraso ao Evangélico.
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