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Transporte coletivo

Sem nova tarifa técnica, empresas afirmam que sistema pode entrar em colapso em Curitiba

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Sem renovação da tarifa técnica (repassada pela Urbs para as empresas concessionárias do transporte coletivo de Curitiba), não apenas a renovação da frota de ônibus permanece indefinida como o sistema corre o risco de entrar em colapso. Esse foi o teor das declarações dadas à imprensa por Maurício Gulin, presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), em audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores nesta quinta-feira (12).

Os ônibus do transporte coletivo de Curitiba não podem ter mais de dez anos de vida. Pelo edital, as empresas têm que manter uma frota com idade média de cinco anos – hoje, essa média é de mais de seis anos.

“Nós não estamos descumprindo o contrato. Somos a favor da renovação da frota, mas para que isso ocorra tem de haver equilíbrio econômico-financeiro no contrato. Sem isso, não tem como. Entendemos que há desequilíbrio desde o início – a tarifa técnica não cobre os custos dos insumos”, disse.

Impasse

Segundo Gulin, a tarifa técnica estabelecida pela Urbs, de R$ 3,21, não é adequada à luz do contrato firmado entre concessionárias e Executivo. “Mas a tarifa é calculada a partir de indicadores previstos em contrato. Não somos nós que definimos. Mas a situação está caótica, as empresas não sabem mais quanto tempo ainda vão aguentar”, disse.

Já Roberto Gregório, presidente da Urbs, afirmou que a tarifa técnica foi definida conforme edital e contrato e chamou o impasse referente à não-renovação da frota de obstáculos à “pacificação do sistema”.

“No nosso entendimento, cumprimos o que foi fixado contratualmente, não há desequilíbrio. Mas existem demandas judiciais que têm atrapalhado o que chamamos de ‘pacificação do sistema’, por isso tentamos encontrar soluções junto ao Ministério Público”, disse, fazendo referência à liminar concedida a favor das empresas que as libera de renovar a frota. O contrato determina que os ônibus tenham idade máxima de 10 anos e que a frota tenha idade média de cinco anos.

Sobre a possibilidade de definição de uma nova tarifa técnica para encerrar o cabo de guerra entre o órgão e as empresas de ônibus, Gregório declarou que um novo valor será definido em fevereiro, data-base de motoristas e cobradores. “Com toda certeza em fevereiro teremos uma nova tarifa técnica. O combustível aumentou, está aumentando, teremos negociação com trabalhadores, vários outros insumos já sofreram aumento. Até lá, estaremos em negociação.”

Gulin confirmou que em uma primeira discussão considerou-se uma nova tarifa técnica de R$ 3,40, valor não comentado pela Urbs.

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