Sem ônibus, Florianópolis vive dia “morto”

Sem ônibus por causa da paralisação de 24 horas de motoristas e cobradores, Florianópolis teve ontem um dia de comércio fraco, de escolas quase vazias e de moradores em busca de carona para ir ao trabalho. "O dia foi péssimo. Só veio para o centro quem precisou muito", disse a comerciante Tânia Nascimento, 53 anos, que trabalha no camelódromo da capital catarinense. Ela fechou a loja, em que vende meias, luvas e bolsas, duas horas mais cedo. Na estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas, as vendas foram 80% inferiores às de uma quarta-feira comum.

Os moradores que saíram de casa o fizeram principalmente de carona ou em vans particulares credenciadas pela prefeitura. A Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Urbana informou que 200 vans foram credenciadas. Diariamente, cerca de 330 mil pessoas usam o transporte coletivo de Florianópolis, segundo o sindicato das empresas. O secretário Valdir Piacentini disse que a paralisação dos motoristas e cobradores "foi um ato covarde".

Maranhão

Motoristas e cobradores de São Luís, no Maranhão, completaram uma semana de greve ontem. A paralisação prejudica cerca de 750 mil passageiros. Segundo Gilson Coimbra, presidente do sindicato dos trabalhadores, a categoria reduziu o porcentual do reajuste salarial reivindicado de 16% para 11%, mas não obteve sucesso com as empresas de ônibus.

Rio

A paralisação de 24 horas promovida, ontem, no Rio por motoristas e cobradores de ônibus dissidentes do sindicato teve pouca adesão e não gerou grande transtorno à população. Segundo o sindicato patronal, 10% da frota não circulou. Os líderes grevistas estimam que a adesão chegou a 60%.