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retorno ao trabalho

Sem ‘pacotaço’, Saúde volta à normalidade

Protesto dos funcionários do hospital universitário da Universidade do Oeste do Paraná, que devem parar na segunda-feira | Luiz Carlos Cruz/Gazeta do Povo
Protesto dos funcionários do hospital universitário da Universidade do Oeste do Paraná, que devem parar na segunda-feira (Foto: Luiz Carlos Cruz/Gazeta do Povo)

Os servidores públicos da saúde, que entraram em greve na quinta-feira, decidiram em assembleia realizada ontem em Curitiba pela suspensão da paralisação.

Os funcionários avaliaram que, com a retirada de tramitação na Assembleia Legislativa do projeto de medidas amargas de Beto Richa (PSDB), o conhecido "pacotaço", a greve deveria ser suspensa. Todos os servidores já voltaram ao trabalho.

A paralisação havia sido definida em assembleia realizada em Guarapuava, Centro Sul do estado, na semana anterior.

No primeiro dia de greve, segundo o Sindicato dos Servidores Estaduais de Saúde do Paraná (SindSaude), foi mantido o atendimento em todos os hospitais em 30% dos funcionários, além de manutenção dos serviços de urgência e emergência. A adesão teria sido grande, segundo o sindicato.

A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), entretanto, diz que o número de grevistas foi em torno de 3% e não foram registradas dificuldades nos atendimentos. O segundo dia de greve, segundo a Sesa, teve adesão menor do que na quinta-feira, com apenas 1% dos servidores parados.

Com a ocupação da Assembleia Legislativa por manifestantes e a consequente retirada do pacotaço da pauta, os grevistas decidiram, após assembleia, permanecer em "estado de greve" e voltar ao trabalho.

"Vamos trabalhar a ideia nos locais de trabalho e acompanhar esse projeto do "pacotaço". Se no dia 23 de fevereiro ele [Beto Richa] colocar o projeto novamente em pauta, vamos parar", diz uma das diretoras do SindSaude, Mônica Glinski Pinheiro.

Durante os dois dias de paralisação, segundo Mônica, não houve avanço nas negociações com a Sesa sobre as pautas específicas da categoria (pagamento de horas-extras, terço de férias e auxílio alimentação, todos atrasados). Na quinta-feira, em entrevista à Gazeta do Povo, o superintendente em vigilância da saúde da Sesa, Sezifredo Paz, informou que já houve pagamento das horas-extras devidas e que o dinheiro para o terço de férias e auxílio alimentação estará em negociação nas próximas semanas.

Mônica diz que o sindicato terá uma reunião na próxima quinta-feira com a Secretaria de Administração e Previdência (Seap), na qual serão debatidos os temas. "Queremos prazos para o pagamento do que é devido."

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