Os agentes da Polícia Federal (PF) do Paraná entram na quinta semana de greve com a perspectiva de manter as paralisações. Nesta segunda-feira (3), em Curitiba, um ato está programado para a manhã com a realização de discursos e a colocação de uma faixa em frente à Superintendência do órgão, no bairro Santa Cândida.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), Fernando Augusto Vicentine, prevê para os próximos dias referências à Semana da Pátria nas manifestações. "Teremos uma programação diferenciada, com a execução do Hino Nacional, sempre mantendo uma relação respeitosa com a pátria, mas não vamos deixar de protestar", alerta.
Segundo Vicentine, todos os noites ocorrem assembleias regionalizadas após o dia de manifestações. Na quarta-feira (5), a intenção do Sinpef-PR é realizar uma discussão estadual para o esclarecimento de detalhes aos agentes da PF que ficam no interior do estado.
A greve
A greve da PF começou no último dia 7 de agosto, quando houve a aprovação, em assembleia da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de uma paralisação por tempo indeterminado. Durante o mês de agosto, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as entidades representativas sentaram à mesa para diversas rodadas de negociação.
Outras categorias também estavam em greve, mas a maioria delas aceitou o reajuste proposto pelo governo de 15,8%, a serem divididos nos próximos três anos. A PF, no entanto, alega que a principal reivindicação da classe não é o aumento salarial, mas sim uma reestruturação na carreira. Outra bandeira defendida pelos sindicatos dos policiais federais é a recomposição do efetivo, que segundo os grevistas, está defasado.
Durante a semana, a Polícia Federal sinaliza ainda para a preparação de uma contraproposta de reajuste salarial e reestruturação de carreira para ser enviada ao governo federal. A decisão foi tomada em assembleia realizada na última quinta-feira (30) em Brasília.