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Reforma agrária

Sem-terra amanhecem na sede do Incra no PR e participam de audiências

O casamento dos sonhos de Fred e Camila encantou o público | Divulgação
O casamento dos sonhos de Fred e Camila encantou o público (Foto: Divulgação)

Centenas de integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) amanheceram na sede do Incra, na Rua Dr. Faivre, em Curitiba, nesta quarta-feira (26). Eles estão acampados no local desde a tarde de terça-feira (25), após realizarem uma passeata que reuniu cerca de mil pessoas do Parque Barigui até a sede do órgão. Eles passaram por ruas movimentadas do Centro e o movimento complicou o trânsito. Na tarde do mesmo dia, cerca de 300 sem-terra também fizeram uma caminhada até o prédio do Ministério da Fazenda (Rua Marechal Deodoro), no Centro da capital, como mostra a foto abaixo.

Desde as 10 horas desta quarta-feira, um grupo que representa os sem-terra está reunido com a chefe da Divisão de Desenvolvimento de Assentamentos do Incra, Maria Cristina Casagrande, na sede de Curitiba. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, eles discutem as reivindicações específicas da questão agrária no Paraná. O estado teria mais de sete mil famílias à espera de terras.

Segundo o representante da coordenação paranaense do MST, José Damasceno, a mobilização em Curitiba não tem data para terminar. A orientação da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) é para que os motoristas evitem a região do prédio do Incra (Rua Dr. Faivre 1.210, entre as ruas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava) e enquanto os sem-terra permanecerem no local. O grupo - composto por homens, mulheres e crianças - levantaram barracas de lona preta e a manifestação é pacífica de acordo com o Incra.

Reivindicações

A mobilização acontece em outras capitais do país. Os sem-terra cobram agilidade na realização da Reforma Agrária. O grupo também reivindica cestas básicas, infra-estrutura e crédito agrícola. A jornada nacional de lutas do MST quer o assentamento das 150 mil famílias acampadas em todo o Brasil.

"A Reforma Agrária está parada em todo o país. A política econômica do governo corta os recursos previstos no orçamento para a Reforma Agrária e não tem dado apoio aos assentamentos, como crédito para produção, além de obras de infra-estrutura, como habitação e escolas", afirma Vanderlei Martini, da coordenação nacional do MST.

Estão previstas mais audiências entre representantes dos sem-terra e a superintendência regional do Incra também na quinta (27) e na sexta-feira (28). O superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda, prevê que o assentamento das 7.264 famílias acampadas no estado irá levar quatro anos. A última ocupação do MST em frente ao Incra aconteceu em novembro de 2006.

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