Depois de 13 horas de bloqueio, cerca de 40 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) liberaram ontem a rodovia PR-662, entre Foz do Jordão e Reserva do Iguaçu, no Sul do Estado.
Os sem-terra desobstruíram a rodovia por volta das 19 horas, após a intervenção de um representante da superintendência estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). As famílias estão acampadas às margens da pista, enquanto esperam a desapropriação de uma área de 2.453 hectares (parte dela seria de interesse de preservação ambiental). A autorização depende de uma vistoria conjunta do Incra e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Há três anos, dois sem-terra morreram em conflito na área, que pertence parcialmente à empresa de reflorestamento Taquaras Florestal. O processo que define a área de preservação ambiental ainda não foi concluído pelo IAP, segundo informações do chefe do setor de Obtenção de Terras do Incra, Nilton Bezerra Guedes. No entanto, a assessoria de comunicação do IAP informou que na área, passível de desapropriação, o órgão ambiental já emitiu a autorização.
Segundo Guedes, nos próximos dias, a vistoria será realizada. "O interesse do Incra é preservar a área ambiental", afirmou Guedes, completando que o restante da área será destinado ao assentamento. Os sem-terra fecharam a rodovia pouco antes das 6 horas de ontem. Segundo o sargento José Heron Goulert, da Polícia Militar de Foz do Jordão, o protesto foi pacífico. Três viaturas acompanharam o bloqueio, sem intervenção. Não houve congestionamento porque os motoristas utilizaram vias alternativas.
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