Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) bloqueia desde as 9 horas desta segunda-feira (8) o trecho da Rua Dr. Faivre entre as avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava, no Centro de Curitiba. O trânsito permanecia impedido pelo menos até as 14h50.

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Os sem-terra protestam em frente à Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, porque, segundo eles, o órgão teria suspendido convênios para abertura de cursos para assentados. Segundo a assessoria de imprensa do MST, 500 pessoas participam da manifestação. A Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) não soube informar quantas pessoas estão no local.

Equipes da Diretran estão controlando o trânsito na região. Segundo o órgão, por volta das 10 horas, o trânsito estava complicado e fluía com lentidão nas proximidades do trecho bloqueado. Os motoristas que vêm Capão do Imbuia pela Avenida Affonso Camargo estão sendo orientados a desviar pela Rua da Paz e, à frente, acessar a Sete de Setembro ou a Visconde de Guarapuava. De acordo com a assessoria de imprensa do MST, a previsão é que o protesto se estenda até o fim da tarde desta segunda.

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Os sem-terra reclamam que o governo federal teria cortado 62% do orçamento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) neste ano, o que teria levado o Incra a suspender os convênios para abertura de três novos cursos de agroecologia. Além disso, segundo o MST, recursos já contratados para cursos em andamento, de turmas em três escolas, de nível médio e superior, não estariam sendo liberados.

A manifestação também cobra a liberação de recursos do orçamento do Incra para aquisição e desapropriação de terras, e o assentamento de sete mil famílias que estariam acampadas no estado.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Incra afirmou que quatro cursos realizados por meio de um acordo de cooperação com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um quinto curso realizado em convênio com a Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste) estão garantidos e não foram suspendidos.

O órgão explicou que dois cursos que haviam sido aprovados para 2010 em São Miguel do Iguaçu e em Maringá, entretanto, estão aguardando ajustes nas diretrizes do repasse dos recursos, por conta de orientações do Tribunal de Contas da União (TCU).

Por volta das 10h40, a superintendente do Incra no Paraná, Cláudia Sonda, estava reunida com representantes do MST para discutir a pauta de reivindicações.

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