Os integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) que invadiram o sítio São Francisco I, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do estado, desmentiram neste domingo as informações do advogado do tenente-coronel reformado da Polícia Militar, Valdir Copetti Neves, dono da área. Segundo os sem-terra, eles não utilizaram armas, não renderam a família do caseiro refém, não fizeram depredações e não soltaram o gado.
Conforme a Gazeta do Povo deste domingo, "homens armados invadiram a área durante a madrugada e renderam a família do chacareiro, que teria sido presa no banheiro. Pouco tempo depois, os reféns foram libertados. A casa teria sido depredada e o gado, solto". As informações foram dadas para à reportagem pelo advogado Carlos Eduardo Martins Biazetto.
O coronel Copetti Neves acredita que os sem-terra tenham ocupado o sítio como forma de retaliação. Ele é acusado de comandar um grupo de milícias armadas para defender áreas de fazendeiros e esteve preso por 79 dias. Neves foi solto em junho, mas ainda responde processo. Os sem-terra negam represália e alegam que a ocupação se deve ao não cumprimento da função social da terra. Os integrantes do MST batizaram o acampamento de Teixeirinha.
O sítio foi invadido no sábado por cerca de 50 sem-terra. Até a noite deste domingo mais integrantes do MST chegaram para montar suas barracas. Há pessoas de várias partes do Paraná, como Lapa, Bituruna, Antonina e Quedas do Iguaçu, além de Ponta Grossa. O grupo afirma que há mais de 200 famílias no local. Nesta segunda-feira, o advogado de Copetti Neves vai entrar com pedido de reintegração de posse na Justiça.
O acesso ao local está impedido. As equipes de imprensa não podem entrar no local e os sem-terra que estão passando as informações afirmam que não há líderes do MST no sítio.
Veja imagens do assentamento na reportagem em vídeo do Bom Dia Paraná.
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