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Com atraso de uma semana, os sem-terra desocuparam nesta terça-feira a fazenda da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná. Os sete dias que os sem-terra contrariaram uma decisão da justiça, que determinava a desocupação, vão gerar uma multa de R$ 14 mil ao governador Roberto Requião (PMDB) -R$ 2 mil por cada dia em que a ordem judicial foi descumprida.

Requião já entrou com um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para suspender a multa, mas o pedido ainda não foi apreciado. A decisão em multar diretamente o governador, e não mais o governo do estado, é do juiz da 1.ª Vara Cível de Cascavel, Fabrício Priotto Mussi.

As cerca de 70 famílias que permaneciam desde março de 2006 na fazenda da Syngenta deixaram a área na segunda-feira. Nesta terça, explica Celso Barbosa - um líderes dos sem-terra na invasão -, foram retirados os últimos utensílios. A colheita de cerca de 25 toneladas de mandioca foi deixada para trás - muito em função do mau tempo.

Apesar da saída dos sem-terra, o oficial de justiça Adélcio Renosto informou que só deve ir até a fazenda Syngenta na manhã desta quarta-feira - quando deve fazer a vistoria. Se a propriedade estiver totalmente desocupada, a ordem de reintegração de posse estará cumprida.

No dia em que terminava o prazo dado pela justiça para desocupação, na última terça-feira (10), os sem-terra resolveram deixar o local de forma espontânea, entretanto, pediram ao juiz um prazo de sete dias para a desocupação total da área. O pedido, também feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Paraná, foi negado pela justiça.

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