Guapirama A tentativa de cerca de 40 famílias ligadas ao Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) de voltar a ocupar a Fazenda São Roque Gonzáles, em Guapirama, no Norte Pioneiro, foi contida ontem pela Polícia Militar. Os sem-terra chegaram a invadir a propriedade de 700 hectares no início da manhã, mas não tiveram tempo para montar barracos e começar a fazer a colheita das lavouras de milho, objetivo do grupo.
Os sem-terra chegaram a se acomodar em uma entrada secundária, no quilômetro 57 da PR-218. Lá eles começaram a vigiar a porteira e já preparavam comida para as famílias que chegavam para montar os barracos.
Cerca de duas horas depois da chegada dos sem-terra, 25 homens da Polícia Militar, em nove viaturas, chegaram à fazenda e propuseram aos lavradores a saída pacífica da propriedade. Após a negociação, a PM deu 20 minutos para que os invasores deixassem a área levando apenas objetos pessoais. Em fila, os sem-terra deixaram a área e voltaram para a rodovia BR-153, a menos de dez metros do acesso principal à fazenda.
Parte dos veículos que estava no interior da propriedade com os sem-terra foi vistoriada pela Polícia Militar. Em um caminhão os policiais encontraram dois revólveres calibre 38 sem registro, facas e facões. O motorista do caminhão, Wilson de Oliveira Rocha, 49 anos, e seu ajudante, Carlos Andrei da Silva, de idade não revelada, foram presos em flagrante por porte ilegal de arma e encaminhados à Delegacia de Joaquim Távora.
Os líderes do Mast prometem voltar à área. Ainda ontem, o coordenador regional do Mast, Pedro Luiz Xavier, acusou a proprietária da fazenda, Elisabeth Regina Lebinski, de ter contratado seguranças particulares para intimidar os sem-terra acampados à margem da rodovia. Segundo Xavier, os seguranças estariam atirando durante a noite. Elisabeth foi procurada pela reportagem, mas seu celular estava desligado.
A Fazenda São Roque foi invadida pela primeira vez em setembro do ano passado, por cerca de 200 famílias. No dia 4 deste mês, a propriedade foi desocupada pela PM, em cumprimento a um mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça de Joaquim Távora.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nunca vistoriou a fazenda, já que a proprietária não teria demonstrado interesse em negociar a área. Como a propriedade foi invadida, o Incra só pode fazer uma vistoria depois de dois anos.
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