A Fazenda Linda Flora, em Abatiá, no Norte Pioneiro, é a terceira área rural invadida no interior do Paraná nos últimos cinco dias. A propriedade está ocupada por cerca de 50 famílias ligadas à Organização Agrária Camponesa (OAC). O terreno tem 180 hectares e, de acordo com o seu proprietário, Mário Vilela Magalhães, é considerado produtivo.
As outras duas ocupações foram promovidas no último sábado pelo Movimento Sem-Terra (MST), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e Ortigueira, na Região Central. Nos restante de 2005, houve apenas outras quatro invasões três delas do MST.
A ocupação em Abatiá foi pacífica, mas a Polícia Militar já está patrulhando a área para evitar conflitos. A advogada do fazendeiro deve pedir nas próximas horas a reintegração de posse da área.
Ponta Grossa
O caseiro da fazenda invadida pelo MST em Ponta Grossa, José Marcos Ferreira, conseguiu ontem retirar suas coisas da casa onde morava, dentro da propriedade. Desde quando o local foi ocupado, Ferreira, a esposa e a filha se abrigam na casa da sogra dele.
A retirada da mudança foi pacífica. Os próprios integrantes do movimento se encarregaram de retirar as coisas da casa, ajeitá-las, cobrí-las com uma lona e colocá-las em frente à porteira, no lado de fora da fazenda, pertencente ao tenente-coronel Waldir Copetti Neves.
Antes de deixar a fazenda, Ferreira assinou um termo de compromisso improvisado pelo MST. No papel, os líderes do movimento listaram todos os utensílios e roupas existentes na casa do caseiro, e que estavam sendo entregues pessoalmente ao caseiro.
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