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Os integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) terão quinze dias para desocupar a Fazenda Mestiça, em Rio Branco do Ivaí, na região central do estado. Na manhã desta quinta-feira (11), a Polícia Militar tentou cumprir uma ordem judicial de reintegração de posse da área. O clima foi tenso, pois os agricultores construíram barricadas na estrada que dá acesso à fazenda. Depois de seis horas de negociação, a polícia decidiu dar o prazo para que os sem-terra deixem a área espontaneamente.

A juíza Paula Andrea Samuel de Oliveira Monteiro, da Comarca de Grandes Rios, havia autorizado o uso de força policial para o cumprimento da ordem e fixado multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento. Cerca de 500 policiais participaram da ação. O comandante do Comando do Policiamento do Interior (CPI), coronel Celso José Mello, disse que foi tomada a decisão de não desocupar a fazendo porque havia possibilidade de confronto entre policiais e os sem-terra. "Foi mais prudente a decisão de negociar", afirma.

Os integrantes do movimento afirmam, porém, que só deixam a fazenda se forem levados para outra área. A fazenda, de 2.911 hectares, foi ocupada em 1º de setembro, e cerca mil famílias estão acampadas no local. O advogado da proprietária da área, Maria Antonieta de Junqueira Neto Cordeiro, chegou a registrar queixa contra os sem-terra por supostos saques de diesel, insumos agrícolas, alimentos e de ferramentas, além do abate de animais da fazenda.

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