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Belém – Pela segunda vez nos últimos 30 dias, a ferrovia de Carajás, no Pará, foi ocupada por agricultores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que armados de picaretas, foices e facões bloquearam a saída de dois trens do pátio ferroviário próximo da estação de Parauapebas, depredando duas locomotivas da Companhia Vale do Rio Doce.

A Vale suspendeu as operações na ferrovia e pediu a intervenção do Ministério da Justiça e da governadora paraense Ana Júlia Carepa para que seja cumprida decisão liminar da Justiça Federal de retirada dos invasores. Um dos coordenadores do MST na região, Charles Trocate, informou que cerca de 6 mil agricultores de 14 assentamentos e 9 acampamentos estão no local e prometem não sair enquanto os governos federal e estadual não atenderem suas reivindicações.

Eles exigem a construção de dez escolas, asfaltamento de 200 km de estradas vicinais que dão acesso a assentamentos, postos de saúde equipados, unidades infantis e crédito para plantar.

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