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Cerca de 5 mil crianças de acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participam da Semana do Sem-Terrinha, em várias regiões do Paraná.

Segundo o coordenador do Setor de Educação do MST, Alessandro Santos Mariano, elas estão entregando suas reivindicações a órgãos públicos vinculados educação nos municípios da Lapa, Antonina, Cantagalo, Cascavel, Bituruna, Planaltina do Paraná, Ortigueira e Jardim Alegre.

Essas crianças querem escolas, terra e dignidade. Todos têm o direito de estudar em escolas nas comunidades onde vivem, com ensino voltado para a realidade das famílias camponesas afirmou

As crianças cobram dos governos municipal e estadual a construção, ampliação e reforma de escolas nos assentamentos e acampamentos. No Paraná, de acordo com o coordenador, 25 mil famílias moram em 288 assentamentos.

Estimamos que com essas famílias vivam cerca de 18 mil crianças de até 12 anos, que têm direito educação, disse Mariano.

O Paraná conta com 100 escolas em áreas de assentamentos e 11 itinerantes nos acampamentos, todas regulamentadas pela Secretaria Estadual de Educação, mas de acordo com o coordenador do Setor de Educação do MST, a demanda ainda é grande.

A maioria tem problemas estruturais. Em alguns acampamentos falta até energia elétrica e uma criança nos dias de hoje sem noções básicas de informática, por exemplo, está fora da realidade.

Mariano cita o caso do assentamento Vale da Conquista, no município de Cândido de Abreu, onde existem 27 alunos cursando de 1ª a 4ª séries, nessas condições.

Outro caso que precisa ser resolvido, segundo ele, é o de Santa Maria do Oeste, em Pitanga, onde não tem o ensino médio. As crianças dependem de transporte, estradas ruins e horas de viajem, se quiserem continuar estudando, diz o coordenador.

Segundo ele, o número de escolas itinerantes também é pequeno para atender as crianças das 6,5 mil famílias que vivem nos 67 assentamentos do estado.

O que eles [os sem-terrinha] estão fazendo esta semana, com atividades que se encerram nesta terça-feira(15), é discutir seus direitos com base no Estatuto da Criança e do Adolescente.

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