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Movimentos sociais de luta pela moradia ocuparam na madrugada desta segunda-feira (26), por volta da 0h30, dois prédios abandonados na região central e um terreno na zona sul de São Paulo. Participam da ação cerca de duas mil famílias sem-teto, segundo a Frente de Luta pela Moradia (FLN).

No centro, foram ocupados o Edifício Prestes Maia, próximo à estação da Luz, e um edifício na Avenida 9 de Julho, 1084, que pertencia ao INSS. As famílias também ocuparam um terreno na Rua Henry Martin, 120, em M'Boi Mirim. O uso dos três locais para construção de moradias de interesse social é uma antiga reivindicação do movimento.

Ivaneti de Araújo, coordenadora do Movimento Sem-teto do Centro (MSTC), afirma que 172 famílias despejadas em 2007 do Edifício Prestes Maia ainda não têm onde morar, apesar de muitos prédios na região central estarem vazios. "Há mais de 400 imóveis vazios no centro, com dívidas milionárias de IPTU, que poderiam se tornar moradia de interesse social", diz.

Prefeitura

Cerca de 700 sem-teto armaram barracas na calçada do Viaduto do Chá, ao lado do prédio da Prefeitura de São Paulo, após duas mil famílias terem ocupado dois prédios abandonados na região central e um terreno na zona sul da cidade.

Em carta aberta, a FLM afirma que "moradia digna é um direito" e pede projetos de habitação popular, aquisição das terras por preços justos, desapropriação dos imóveis dos devedores de impostos e medidas fiscais, como o imposto progressivo para os imóveis vazios e abandonados.

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