Um grupo de sem-teto de Curitiba ocupa desde as 10h20 desta segunda-feira (7) um imóvel do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) localizado na Rua Marechal Deodoro, 1290, no Centro da capital. Os manifestantes pedem o repasse do prédio, além de outros espaços da cidade que estariam ociosos. Segundo os organizadores, cerca de 50 pessoas participam da ocupação, que não tem prazo para ser encerrada. "A expectativa é ficar aqui dois ou três dias", afirma Luiz Herlain, um dos coordenadores do movimento.
O protesto ocorre paralelamente a ocupações em outros 22 estados do país, segundo Herlain, e é organizado pela União Por Moradia Popular do Paraná, Movimento Nacional de Luta Pela Moradia e Central de Movimentos Populares. Entre os pedidos do grupo estão a liberação de três imóveis do INSS em Curitiba além do prédio da Rua Marechal Deodoro, um prédio localizado na Rua José Loureiro, também no Centro, e uma área conhecida como "gleba do Capanema", no Jardim Botânico.
Eles pedem ainda a liberação pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) de uma área na Vila Guaíra, conhecida como Ferrovila, para construção de moradias populares para os catadores de material reciclável pelo Programa Minha Casa Minha Vida; e a paralisação do processo de comercialização do antigo Shopping Station, localizado na Rua Sete de Setembro. O imóvel pertencia à Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), e para eles, deveria ter sido destinado à moradia social, e não leiloado.
Herlain afirma que os manifestantes ficarão aguardando as negociações nacional e a com a Cohab de Curitiba para liberar a área ocupada nesta manhã. Procurada pela reportagem, Urânia Flores da Cruz Freitas, da Gerência Regional do Patrimônio da União, informou que o órgão fez a vistoria nos três imóveis do governo federal reivindicados pelos sem-teto e que o repasse para moradia social foi aprovado. "Estamos apenas aguardando a liberação do Ministério das Cidades para a compra dos prédios, já que o INSS tem um patrimônio próprio, independente da União", afirma.
A Cohab, por meio da assessoria de imprensa informou que não deve liberar a Ferrovila para a habitação popular, porque o terreno está em processo de comercialização. Segundo o órgão, o espaço tem área útil de 11.650 metros quadrados e valor avaliado em mercado de R$ 7 milhões. Com a verba obtida com a venda da área, o a Cohab informa que será possível investir na produção de pelo menos 245 casas com lotes de 140 metros quadrados cada, cujo teto orçamentário é de R$ 28,8 mil.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião